quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Novidades da Cidade Condal

Este verão aqui na Europa me dediquei a buscar o último do último para as mamães, seus bebês e para as futuras mamães. Assim vocês estarão por dentro do que está na moda no velho continente. Apesar de estarmos em crise, não podemos deixar de consumir! Afinal, somos mulheres…


Confiram:

Recipiente Cool Twister de Tutete.com
 Recipiente que permite esfriar a água quente até a temperatura exata para a mamadeira do bebê. A água passa de 100 ºC a 40 ºC em um minuto, de forma fácil e segura, sem necessidade de utilizar eletricidade. Ideal para viagens!
17 € aprox
www.tutete.com

Moisés ou Balancinho?
Novo conceito de moisés, balancinho e cadeirinha, que podem ser utilizados separadamente ou em conjunto, em função da necessidade. Se seu bebê está dormindo, tem fome ou quer brincar, Stokke Bounce 'n' Sleep se adapta ao seu pequeno!
149 € (moisés)
www.stokke.com


Os reis do castelo
Se você tem em casa um pequeno artista, alimente sua imaginacão sem risco para as paredes com este castelo de papelão, da Territorio Mini. Ele vem em branco, pronto para que as crianças exerçam sua criatividade. É desmontável e ecológico! Mede 1,34m de altura e 1,0 m de largura.
www.kinderhouse.com.couk

A nova moda nas festas infantis é o photocall, um lugar onde os convidados podem fazer fotos divertidas de acordo com o tema da festa. Com o aplicativo Photo Booth, da Apple, ou com câmeras de foto em modo automático, é facil criar fotografias super diferentes e inusitadas. Basta usar a criatividade!

 

Por Gretel Neves - Correspondente da Petit Polá na Europa

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Animal de estimação e bebê: uma combinação benéfica

Você sabia que, além de serem ótimos companheiros para toda a família, cães e gatos podem trazer benefícios à saúde dos bebês? 

A boa notícia foi reforçada por uma pesquisa: entre 397 recém-nascidos acompanhados durante um ano por médicos do Hospital Universitário de Kuopio, na Finlândia, aqueles que entraram em contatos com esses animais tiveram menos infecções e problemas respiratórios.

"As crianças que tiveram contato com cães e gatos em casa ficaram significativamente mais saudáveis durante o período de estudo", destacam os médicos do Hospital Universitário Kuopio.

A diferença mais notória foi observada entre as crianças que convivem com um cachorro dentro de casa por seis horas ao dia, contra aquelas que não têm bichos de estimação ou os colocam para fora de casa. "Apresentamos uma evidência preliminar de que ter um cão pode ser benéfico contra infecções no trato respiratório durante o primeiro ano de vida", destaca o estudo.

O estudo sugere que esses animais transmitem alguma bactéria que estimularia o sistema imune do bebê e o tornaria mais protegido.

O resultado foi significativo, inclusive depois que os cientistas descartaram outros fatores influentes, como não ter sido amamentado, ficar em creche, ser criado por fumantes ou por pais com asma, ou conviver com outras crianças.

Além de ter menos infecções nos ouvidos e infecções respiratórias, os bebês que vivem com cães tendem a precisar de menos tratamentos com antibióticos na comparação com aqueles que vivem em casas sem mascotes.

Com informações Revista Crescer e Uol Saúde

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Depoimento de uma mãe brasileira nos Estados Unidos

6 - Da creche para a escola
Considero a alfabetização um grande passo na vida de uma criança, e nos últimos meses esse assunto ficou na minha cabeça, pois minha filha, Manoella,vai ser alfabetizada em um país onde ela acabou de aprender a língua! Aqui nos Estados Unidos, a escola que seu filho estuda, é designada pelo local que a família mora, e isso por um lado é excelente pois as crianças que vão ser da sala do seu filho, moram perto de você. Por outro lado, as amigas da Manoella da antiga creche não moram perto, e vão para outra escola. O que representa mais uma grande mudança...

Comecei a pensar em várias ideias para tornar essa transição creche/escola mais fácil! Acho que a imaginação faz maravilhas pelos nossos filhos! 

Para começar a abordar o assunto, minha primeira ideia foi pegar ela na creche, e no caminho para casa, passar todos os dias em frente a escola nova. Fiz isso por dois meses seguidos, e explicava que aquela seria a escola que um dia ela iria estudar, e conhecer novos amigos... Ela me olhava ressabiada, mas se mostrava interessada, até que um dia resolvi passar e não falar nada. E eis que ela mesma mostrou a escola, e disse que era lá que ela iria estudar! E dali por diante, eu continuava a passar, mas ela é quem me mostrava e falava da futura escola!

Fachada da nova escola
A escola também fez sua parte!

Aqui, o sistema de apresentação da escola para os pais e alunos começa cedo. Três meses antes de começarem as aulas tivemos um tour pela escola e reuniões para apresentar a grade curricular. Fiz questão que Manoella fosse comigo, e visse por dentro aquele lugar que só passávamos de carro.

O mesmo aconteceu com a condução. Um mês antes da escola começar, tivemos a apresentação do famoso Ônibus Amarelo que todas as crianças aqui querem andar, e nesse dia, as crianças têm um passeio de cinco minutos no ônibus tão sonhado, e que vai fazer parte da vida delas nos próximos anos. 


Uma semana antes das aulas, Manoella foi passar a tarde na nova sala de aula, conhecer a professora, seu armário, e os novos amigos. Ficou bem envergonhada, e eu e algumas mães combinamos de irmos para o parque logo depois para ver se as crianças se entrosavam. Ponto para nós, as crianças brincaram muito! 
E eis que o grande dia estava chegando: no fim de semana anterior ao começo das aulas (que aqui começam no segundo semestre), Manoella saiu comigo e se mostrava tensa pela mudança. Ela sabia que iria para a escola nova nos próximos dias. Compramos uma nova mochila, que ela escolheu na GAP, onde a lancheira é presa ao lado de fora da mochila, uma graça!

Mochila Gap – Leopard Print Backpack – USD24.95 – www.gap.com  (entrega no Brasil)
Quando voltamos para casa, resolvi pegar o correio e vi que tinha uma carta para a Manu... Qual não foi minha surpresa de ver que era da professora dela! A carta era simples, e descrevia muitas coisas interessantes que elas iriam fazer juntas! Como um gesto tão simples pode ser tão poderoso, minha filha naquele momento se sentiu muito importante, afinal era a primeira carta que recebia na vida, e vinha da sua nova professora... O máximo!
Todo esse movimento foi benéfico e o primeiro dia da escola chegou. Ela entrou no ônibus tranquilamente, e chegou em casa falando dos novos amigos. E nessa mesma tarde, a escola promoveu para todos os pais, professores e alunos a TARDE DO SORVETE, que aconteceu em um dos pátios da escola, com o intuito de integração entre todos.
Fiquei feliz com essa transição. Acho que juntos, ESCOLA + PAIS, podem transformar esse grande passo na vida das crianças, que é a alfabetização, em uma das grandes memórias da infância. 

 Por: Paula Aloy - correspondente da Petit Polá nos Estados Unidos

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

'Estamos criando analfabetos motores', afirma educador físico


Crianças brasileiras das classes média e alta estão mal preparadas para o esporte e sem vontade de se exercitar. E pais e escolas não ajudam, segundo Luiz Roberto Rigolin, autor de "Desempenho Esportivo: Treinamento com Crianças e Adolescentes" (Phorte, 631 págs., R$ 89).

Doutor em educação física com pós-doutorado em filosofia pela USP, Rigolin, 43, se dedica à formação de atletas e se preocupa com o desenvolvimento das habilidades físicas na infância. Aqui, ele fala das dificuldades atuais da educação motora.
*
Nunca se falou tanto de atividade física, mas as crianças estão cada vez mais sedentárias. O que acontece?
A prática de exercícios resulta do desenvolvimento motor, processo que começa desde que a criança nasce. Ela precisa experimentar todas as possibilidades de movimento para desenvolver habilidades físicas. Hoje tem menos oportunidade de fazer isso. Estamos criando uma geração de analfabetos motores.

Como chegamos a isso?
Começa pela reclusão urbana. A grande preocupação dos pais é com a segurança. Têm medo de soltar o bebê, ele pode se machucar. Quando o filho começa a crescer, não pode brincar na rua, por causa do risco de assalto...
O outro elemento é a tecnologia. Com os brinquedos tecnológicos a criança desenvolve várias habilidades cognitivas, sem dúvida, mas muito pouco da parte motora.
E as escolas também não querem ter problemas com pais preocupados em proteger os filhos, então dão poucas opções para a criança experimentar seu corpo de forma mais solta, quando o risco de se machucar é maior.

Nesse caso, não adianta pagar uma escola cara, com a ideia de dar mais oportunidades para o filho se desenvolver?
Pode ser até pior. A inteligência motora está na periferia, onde as crianças não são superprotegidas como as de classes média e alta e por isso têm chance de experimentar os movimentos de forma mais livre. Também têm menos acesso a brinquedos tecnológicos, então têm que encontrar outras formas de brincar: soltar pipa, jogar taco. Por isso a maioria dos atletas de esportes complexos não vem das classes A e B.
A educação motora inclui esfolar o joelho às vezes?
Sim, isso é fundamental, mas também é natural o adulto querer ajudar a criança para que ela não se machuque.

Como os pais podem ajudar?
Com bebês, eles precisam estruturar a casa para deixar a criança subir no sofá, empurrar e puxar objetos etc. E precisa ter alguém acompanhando. Se é o pai, a mãe ou a babá que vai fazer isso, não importa, o que interessa é que a criança tenha oportunidade de experimentar.
Depois, dos três aos sete anos, os pais podem fazer com que a criança adquira o gosto pela atividade física. Isso não é feito só em casa, inclui a escola, o parque, a rua.

E as atividades dirigidas, como as escolas de esportes?
Muitos pais e mães acham que vão incentivar a atividade física colocando o filho na natação, na escolinha de futebol. Mas às vezes o que a criança quer é andar de bicicleta ou de skate. A grande colaboração que os pais podem dar é mostrar as alternativas de atividades para o filho descobrir o seu caminho.

Se a criança mostra talento em alguma modalidade, como os pais podem estimular?
Isso é um problema porque, a partir do momento em que o filho passa a praticar um esporte, os pais já querem que ganhe medalhas.
Começa a pressão por desempenho, que vem também do técnico, do diretor do clube. Imagine como a criança fica nessa história de precisar atender as expectativas de todas essas pessoas.

É possível recuperar habilidades motoras que não foram desenvolvidas na infância?
Dá para melhorar, mas nunca vai ser a mesma coisa. E os pais e os professores têm que estar preparados para ensinar essa criança mais lentamente e sem forçá-la a fazer atividades que estão fora de suas possibilidades.


Fonte: Folha de S. Paulo

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Depoimento de uma mãe brasileira nos Estados Unidos


5 - Colocando meus filhos na creche

Fachada da creche da Manu e do Renan
Tenho vários momentos marcantes desde que me mudei para os Estados Unidos. Várias situações que  volta e meia me lembro e que me fizeram crescer como mãe e como mulher.

Uma das mais marcantes foi com certeza a ida dos meus filhos para a creche. Afinal de contas, tínhamos acabado de chegar em um país onde eles não entendiam nada do que se falava. Mas eu e meu marido decidimos que, para eles, estar com outras crianças fora das nossas asas, os faria socializar e aprender o inglês de uma forma mais rápida e natural. E deu certo!

Brinquedos da creche
Só que nem tudo foram flores. O começo para o Renan, com apenas um ano, foi tranquilo. Para a Manoella, porém, que estava com quatro anos e já frequentava uma creche no Brasil, foi frustrante, pois todas as atividades que ela adorava, como ouvir histórias e se comunicar com os amiguinhos, não conseguia realizar pela barreira do idioma.

Tentávamos também fazer a nossa parte em casa: colocávamos filmes, líamos historinhas e conversávamos em inglês. Até que compramos um brinquedo que ela adorou, o ABC Learning Classroom. Uma mini sala de aula, com professora e 26 alunos, onde você pode incluir um aluno a mais, que personalizamos com o nome da Manoella. Esse brinquedo ensinou brincando várias letras e palavras em inglês. Ajudou muito! Mas ainda sentia que ela estava frustada.

Vtech ABC Learning Classroom – USD29.99 www.toyrus.com (entrega no Brasil) 
Me considero uma mãe tranquila, não costumo ser medrosa, mas fiquei apavorada! E a ajuda veio da professora da creche, Ms Kayte, que apesar de não falar nem entender português, me pediu 21 dias de paciência, que as coisas iam se acalmar e que a minha filha ia surpreender a todos.

Professora da Manu, Ms Kayte
Hoje posso dizer por experiência própria, que nossos filhos são pequenas esponjas, que absorvem todo o aprendizado mesmo sem entender o idioma. Após 21 dias, acreditem, Manoella já ia feliz para a creche, e hoje, 1 ano depois, minha filha fala inglês fluente e está pronta para o próximo passo da sua vida, o Kindergarten (alfabetização).

Gostaríamos de agradecer o carinho e dedicação da Ms Kayte e de toda a equipe da creche no último dia de aula. Por isso, compramos cupcakes para todo mundo que a Manu fez questão de escolher. Eles sempre vão ter um lugar especial no coração da nossa família!

Com os cupcakes que ela escolheu!

Agora o próximo passo é a preparação para o Kindergarten. Aguardem!

 Por: Paula Aloy - correspondente da Petit Polá nos Estados Unidos