quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A Festa da Castanha

Assim como muitos países comemoram o Dia das Bruxas aqui nós celebramos a Festa da Castanha .


Eu pensava que era apenas uma tradição para comer comidas típicas, como batata doce, castanhas assadas, frutas da época (romã, caqui, uvas) e o panellet, doce típico da Cataluña, que podem ser feitos de várias formas, sendo a base da massa de amêndoas e aromatizados do sabor que você quiser, mas o mais comum é o de piñones.


Hoje na sala de estimulação do Nicholas, disseram que havia uma tradição que as crianças têm que deixar as castanhas escondidas em algum canto da casa para que à noite as almas daqueles que se foram venham para recolher os panellets.

Assim, a minha ideia é fantasia com meus filhos no dia 31, convidar alguns amigos e fazer as receitas abaixo que encontrei internet:

Abóboras Especiais:
Uma ideia simples e rápida são as abóboras especiais. O que os torna especiais? Bem, elas são tangerinas. Tudo que você tem a fazer é descascá-las e, em seguida, colocá-las em um palito verde de aipo para que pareçam abóboras. Depois é colocar em um prato e voilá! Lanche de abóbora!


A Vassoura de Bruxa de Queijo:
Tudo que você precisa é de Pretzels, queijo e cebolinha para decorar e manter o queijo. Você tem que cortar o queijo em tiras finas, colocar o palito no meio e pronto!


Fantasmas de Banana:
Tudo que você tem a fazer é mergulhar as bananas em chocolate, colocar em palitos e depois no freezer. Um lanche simples, rápido e saudável.

E no dia seguinte farei panallets com a Alexia. Não direi a ela que deixe castanhas pela casa para os mortos porque senão tenho certeza que a terei dormindo na minha cama por muitas noites! 

Por Gretel Neves - colaboradora da Petit Polá na Espanha

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Engatinhar prepara a criança para desafios futuros, como ler e escrever


É muito comum alguns pais afirmarem, até com certo orgulho, que seus filhos "andaram direto", dando os primeiros passos precocemente. No entanto, as crianças que dão esse salto no desenvolvimento perdem os benefícios relacionados à fase de engatinhar, que são muitos.

Explorar o mundo sobre quatro apoios antes de andar é tão importante que a Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, ONG que atua em prol do desenvolvimento da primeira infância, promove a Engatinhata, evento que reúne bebês (com seus pais e/ou cuidadores) para engatinhar em um espaço público devidamente adaptado com tapetes emborrachados. Já foram organizadas Engatinhadas em cidades como Votuporanga e Penápolis, no interior de São Paulo.

A seguir, o consultor da fundação, o neurologista Saul Cypel, com outros especialistas, explica a importância de engatinhar para o desenvolvimento global da criança e o que fazer para estimulá-la a se movimentar de maneira autônoma, a partir dos seis meses de idade:

1) Engatinhar ajuda a desenvolver grupos musculares importantes das mãos, dos braços, dos ombros, além de fortalecer ligamentos, necessários para o aprimoramento de habilidades motoras finas. A articulação da base do polegar, em especial, é bastante estimulada. "Todos esses ganhos são importantes para o desenvolvimento da escrita e da coordenação fina", afirma o pediatra Daniel Becker, do Rio de Janeiro.

2) É nessa fase em que começa a andar sobre quatro apoios que a criança aperfeiçoa habilidades visuais, que envolvem a percepção espacial e de profundidade. Essas competências serão empregadas no momento de ler e escrever. "Ao pular a fase de engatinhar, aumenta a probabilidade de a criança apresentar dificuldades futuras, principalmente na aquisição da leitura, escrita e cálculos", diz Quezia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia.

3) Engatinhar não representa apenas um ganho de motricidade, mas a entrada em uma nova etapa do desenvolvimento neurológico. "Quando uma criança começa a engatinhar, o movimento repetitivo ajuda a estimular as conexões dos neurônios, permitindo que o cérebro possa controlar processos cognitivos, como a concentração, a compreensão e a memória", declara o pediatra Daniel Becker.

4)  A criança que engatinha fortalece a coluna, ganha equilíbrio e aprimora a coordenação motora geral, tudo isso antes de andar. "É a primeira atividade do bebê que envolve a alternância de braços e pernas, em movimentos simétricos. A coordenação entre os hemisférios esquerdo e direito do cérebro é trabalhada, e o bebê processa a visão e o movimento ao mesmo tempo. Assim, ele se prepara melhor para ficar de pé, caminhar, correr e praticar esportes", diz Becker.

5) Um bebê engatinhando constrói autoconfiança e toma suas primeiras decisões. Aprende quando desacelerar, ir mais rápido e quando investigar os obstáculos em seu caminho. "É melhor e mais natural fazer isso engatinhando. Em pé, é mais difícil e, se a criança cai, machuca-se mais", fala Becker.

6) Bebês a partir de seis meses já podem ser estimulados a se deslocar em superfícies seguras, firmes e quentinhas, como um chão de madeira ou um tatame feito com peças de EVA ou borracha. "A melhor maneira de motivar a criança a se movimentar é abrir espaços livres de obstáculos e deixá-la à vontade para explorar", diz o pediatra Daniel Becker.

7) Colocar o bebê de bruços ou sentado, com brinquedos à sua frente, é uma estratégia para incentivá-lo a se deslocar. "Primeiramente, a criança arrastará o corpo na direção do objeto e só depois se arriscará a engatinhar", afirma  o neurologista infantil Saul Cypel, consultor da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal.

8) No início, coloque os brinquedos próximos à criança e vá aumentando a distância gradualmente. "O bebê precisa achar que consegue chegar até o que ele deseja, para se sentir motivado", diz o pediatra Luiz Guilherme Araujo Florence, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

9) Outra dica para estimular o bebê é o adulto se colocar à frente dele e chamar sua atenção, segurando ou não brinquedinhos dos quais ele goste.

10) A vigilância permanente de um adulto é indispensável com um bebê que tem mobilidade. Afinal, a criança pode se deslocar rapidamente e se expor a riscos. "Nessa fase, o bebê já pode ficar de pé com apoio e alcança gavetas, estantes baixas, entre outros mobiliários e objetos, que podem representar perigo. É a época em que os pais têm de percorrer a casa verificando tudo o que pode oferecer riscos à criança, fazendo as mudanças necessárias", fala o pediatra Daniel Becker.

11) É comum a criança começar a engatinhar por volta dos oito ou nove meses de idade. Já as crianças de um ano que não engatinham nem dão passinhos com apoio devem passar por uma avaliação com um pediatra ou mesmo com um psicomotricista. "O fato de não engatinhar, em alguns casos, pode indicar um problema motor mais sério. Daí a importância do acompanhamento", diz o neurologista Saul Cypel. Em geral, o médico do bebê vai avaliar um conjunto de fatores na criança para indicar se o desenvolvimento, de uma forma global, está dentro do esperado.

Por UOL Mulher

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Sinais de que seu filho precisa usar óculos


Uma em cada quatro crianças em idade escolar sofre de algum problema de visão. Muitas vezes, a condição atrapalha o desempenho escolar do aluno, que pode ter dificuldade para ler o que está escrito na lousa ou em livros e cadernos.

Para o oftalmologista Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos (SP), pais e professores devem estar sempre atentos às crianças para identificar possíveis limitações. “Tive uma paciente de seis anos que enfrentava sérias dificuldades de alfabetização porque tinha 12 graus de miopia em um olho e, até então, não havia sido diagnosticada”, conta.

Segundo orienta, o primeiro exame oftalmológico do bebê deve ser feito aos seis meses de idade. A partir daí, se não houver nenhuma anormalidade, a criança deverá passar por novas consultas em idade pré-escolar (aos 2, 4 e 6 anos), escolar (entre 10 e 12 anos) e quando estiver no Ensino Médio (em torno dos 15 anos).

Se detectado algum erro de refração (miopia, hipermetropia ou astigmatismo), a criança deve usar óculos. “As lentes de contato exigem um ritual de higiene que deve ser realizado todos os dias. Além disso, ela impõe algumas limitações, como, por exemplo, nunca dormir de lentes e não levar a mão aos olhos para coçar. Por isso, para crianças com menos de 12 anos, os óculos são mais recomendados”, afirma o especialista. Já a cirurgia ocular só é indicada para crianças em casos graves, quando há risco de perda de visão.


“Hoje há uma grande variedade de óculos para crianças. É importante levar em consideração que a armação deve ser resistente, leve e se ajustar bem ao rosto para que ela possa exercer suas atividades e brincar livremente. Inclusive, existem modelos com elástico que prende atrás da nuca. Só assim ela aceitará bem o uso contínuo dos óculos”, afirma Dr. Renato.

Segundo ele, existem alguns sinais que podem indicar a necessidade dos óculos. Fique atento se o seu filho:


  • Reclama de dor de cabeça. “Quando a criança reclama com alguma frequência de dor de cabeça quando está em aula ou ainda quando faz a lição de casa, e principalmente se reclama de dor na testa, é preciso investigar. Ela pode estar fazendo um esforço extra para enxergar direito.”
  • Senta muito próxima à televisão. “Ainda que as telas dos televisores tenham aumentado bastante nos últimos anos, algumas crianças insistem em sentar bem próximo à TV, dando sinais de que talvez sofram de miopia. O mesmo é válido para games de bolso ou livros. Se o seu filho tem esse costume, precisa ser investigado.”
  • Aperta os olhos para ler. “Quando a criança aperta um dos olhos para enxergar, pode ser que inconscientemente esteja querendo melhorar o foco e usando o olho bom para ver bem. Trata-se de um sintoma clássico.”
  • Anda de cabeça baixa. “Há casos em que a criança estrábica ou com desequilíbrio no músculo ocular acaba tendo dupla visão ao focar um objeto ou olhar para baixo. Para se sentir mais segura, passa a andar sempre com a cabeça baixa, na tentativa de prevenir quedas.”
  • Lacrimeja excessivamente. “Algumas crianças não fecham os olhos totalmente enquanto dormem. Essa condição leva a um ressecamento noturno e, para compensar, os olhos passam o dia lacrimejando espontaneamente – o que atrapalha muito a visão correta e, inclusive, o relacionamento com os colegas de classe.”
  • Coça os olhos insistentemente. “Esse é um sinal clássico de fadiga ocular e deve ser investigado. Tanto pode ter origem em problemas de visão, como pode estar relacionado à conjuntivite. Nos dias em que a umidade do ar está baixa, essa condição se intensifica tanto que pode até provocar lesões nas pálpebras.”
  • Mostra dificuldade com a leitura. “Quando a criança, já alfabetizada, não consegue ler uma sentença sem se perder nas palavras ou pular linhas, pode ser sintoma de astigmatismo ou ainda de estrabismo.”
  • Acompanha a leitura com o dedo. “Este é outro sinal perceptível durante a leitura. Se a criança não consegue ler sem recorrer ao dedo indicador, pode não ser apenas uma mania, mas sim um caso de ambliopia [síndrome do olhinho preguiçoso], em que as letras e palavras parecem muito próximas, dificultando a leitura.”
  • Demonstra sensibilidade à luz. “É um sinal fácil de reconhecer. Quando a criança demonstra incômodo exagerado em ambiente muito iluminado ou ainda sob luz solar, pode ser sinal de exotropia, um tipo de estrabismo.”
  • Tapa um olho com a mão. “Há crianças que, automaticamente, tapam um dos olhos com a mão para enxergar melhor com o ‘olho bom’. Isso pode acontecer durante as atividades escolares ou até mesmo de lazer, como ver TV. Tanto pode indicar um problema de ambliopia como de estrabismo. Por isso, não pode passar sem ser devidamente investigado por um oftalmologista.”

Por Itodas

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Instinto alimentar dos bebês inicia no útero materno, afirma estudo


Ao estudarem imagens fetais realizadas mensalmente da 24ª a 36ª semanas de gestação, os cientistas descobriram que os fetos mais jovens estavam mais propensos a tocar suas cabeças e que, conforme se desenvolviam, eles começavam a tocar mais suas bocas. Perto da 36ª semana de gestação, os fetos começaram a abrir a boca antes de tocá-la.

A antecipação de toque é uma habilidade que o recém-nascido utiliza durante a alimentação, afirmou Nadja Reissland, psicóloga da Universidade Durham, na Inglaterra, que relata as descobertas juntamente com seus colegas no periódico Developmental Psychobiology.

"Não podemos afirmar que seja uma precursora da alimentação, mas um de seus elementos", afirmou. "Você precisa realmente abrir a boca para se alimentar"

Os recém-nascidos prematuros talvez não tenham dominado esse conhecimento, afirmou Reissland. O estudo pode fornecer mais informações sobre o que os recém-nascidos prematuros são capazes de fazer e que cuidados especiais eles necessitam.

"Os fetos talvez estejam aprendendo de fato os limites de seu corpo, a percebê-lo pelo tato e a sentir o que é ser uma pessoa dentro do útero", ponderou.

Por UOL Saúde


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Rainbow Loom: a febre do momento nos Estados Unidos

Se você entrar em qualquer escola de primeiro ou segundo grau por aqui, você vai ouvir o nome Rainbow Loom

Sim, essa é a febre do momento entre meninos e meninas. Mas o que isso?

Rainbow Loom é um kit para fazer pulseirinhas de elástico, que vem com: o ganchinho que usamos para manusear os elásticos, a base usada para serem feitas as pulseiras, uma mini base onde se pode fazer pulseiras mais simples, 600 elásticos e fechos para as pulseiras.

Essa é a cara da famosa caixinha!

Rainbow Loom - USD34.95
E essa é a cara do Rainbow Loom que usamos para fazer as pulseiras:

O sucesso é tão grande que já existem vários modelos de pulseiras, anéis e até bolsinhas feitas de elástico. Minha filha, Manoella, adora e todos os dias ela e as amiguinhas fazem pulserinhas para trocar na escola. As vezes acho que não vai dar nem para colocar o casaco de tanta pulseira no braço!


Cada tipo de pulseira tem seu nome e, para facilitar, é só entrar no youtube ou no site oficial para aprender como se faz. Alguns dos modelos são:


E se os elásticos acabarem é fácil abastecer. Tem refil de todas as cores, os saquinhos podem ser de uma cor só, coloridos, tye dye, que brilham no escuro... É só escolher!

Refil dos elásticos -  USD3.99
E quando as mamães acham que a febre para por ai, é tanta coisa para guardar que vale a pena comprar o que chamamos de “storage”. Manoella ganhou de aniversário e vale muito a pena, facilitou na hora de se organizar para fazer suas pulseiras.

Storage - USD14.99
Estou adorando a mania, tenho dois Rainbow Looms aqui em casa e até eu gosto de sentar e fazer pulserinhas com minha filha. Acho que é uma atividade que usa a concentração, a criatividade e a organização.

Os produtos podem ser comprados e entregues no Brasil pela Amazon.

Por Paula Aloy - colaboradora da Petit Polá nos Estados Unidos

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Casa com bebês pode sim ter animais!


Ao contrário do que se imagina, bebês e animais podem, sim, ser amigos inseparáveis. Mesmo no que diz respeito à saúde. E quanto mais cedo o primeiro contato acontecer, melhor. De acordo com um estudo encomendado pela Comissão de Animais de Companhia (COMAC) ao Grupo de Pesquisa do Departamento de Psicologia Experimental da Universidade de São Paulo (USP), bebês menores de um ano que convivem com um cão estão menos vulneráveis a desenvolver alergias e dermatites. Em tese, as proteínas que ajudam a regular o sistema imunológico aumentam significativamente nessas crianças. Nos mais velhos, de quatro anos, a presença do animal pode ajudar a reduzir rinites alérgicas e, aos seis e sete anos, reduz a imunoglobulina E, um anticorpo que pode desencadear um processo alérgico.

Enquanto brinca com o seu bicho de estimação, o bebê desenvolve a coordenação motora, descobre o que é ser responsável, aprende a conviver socialmente e a tratar um outro ser vivo com respeito e dedicação. A companhia de um animal desperta sensação de bem-estar físico e mental. O afeto entre o pet e seu dono pode, inclusive, ajudar no tratamento de depressão, autismo e até câncer infantil, já que o animal fortalece a autoestima dos pequenos e os ajuda a ficar mais alegres para combater os problemas de saúde. 

Mas, obviamente, só pode fazer bem um animal que está saudável. Por isso, recomenda-se que ele visite o veterinário regularmente. “Se o bicho estiver saudável, independentemente da espécie, o contato com a criança não oferece risco, desde que ela não tenha uma alergia, por exemplo”, afirma Alice Deutsch, pediatra do Hospital Israelita Albert Einstein. Crianças que têm rinite alérgica, adenoide ou outros problemas respiratórios podem conviver com cães que oferecem menos risco de provocar alergia. Em alguns casos, a convivência ‘elimina’ a alergia, mas é muito importante conversar com um médico nessas circunstâncias. E mesmo que todos os cuidados tenham sido providenciados, a supervisão de um adulto é obrigatória. “É melhor que o bebê não tenha contato com a comida, com os objetos e, é claro, com a urina ou fezes do animal”, avalia Alice. E é por isso que a relação exige limites: o “cantinho” do pet é só dele. Um gato, por exemplo, não deixa de ser gato só porque vive dentro de casa. Sendo assim, uma “caminha” limpa e objetos higienizados não o impedem de contrair bactérias que podem prejudicar a saúde do bebê. E a mesma regra é válida para cães, roedores e cágados.

O espaço exclusivo do pet também é uma alternativa para proteger os pequenos de ferimentos. “O ideal é que o animal possa ficar sozinho, sem ser incomodado, quando sentir que deve”, sugere o zootecnista e adestrador Alexandre Rossi, o Dr. Pet. Até oito anos, aproximadamente, a criança não tem noção de que puxar o pelo ou a orelha, passar a mão com força ou somente brincar com o animal em um momento em que ele não está a fim pode resultar em um arranhão ou mordida. “Se o bichinho estiver com dor ou se sentir ameaçado por algum movimento, vai se defender. É o instinto natural. Portanto, nesses momentos, é melhor que ele fique no seu cantinho. De qualquer forma, a criança precisa saber se comportar na presença de seu pet”, afirma.

Para mantê-la fora de perigo, observe duas regrinhas básicas: “ensine seu filho a chamar o animal quando quiser fazer carinho nele e não ir em sua direção. Também é importante dizer que não se deve gritar ou fazer movimentos bruscos”, aconselha o adestrador. E até quem não tem um pet precisa aprender a se comportar. “Outro dia estava na rua com a minha cadelinha, a Estopinha, e uma menina se aproximou dela e começou a gritar. Com isso, ela poderia ter provocado um ataque”, conta o Dr. Pet. A dica, portanto, é educar a criança para o convívio com animais mesmo que ela não tenha um. E quando estiver na casa de alguém que tenha um pet, supervisione o contato e certifique-se da saúde do animal.

Até o bebê completar dois ou três anos, um peixinho pode ser o animal de estimação mais indicado. “O Betta é ótimo, pois se adapta bem em um aquário simples, sem bomba de oxigenação”, sugere o adestrador. Mas, também nesse caso, a supervisão é indispensável. “Os pais têm que tomar cuidado porque a criança pode querer tirá-lo do aquário ou dar comida demais”, alerta. E se a família já tem um bichinho, quando o bebê nascer é preciso ensinar os dois a conviver. “Os pais podem aproximar o bichinho do bebê sob supervisão. Pegar a criança no colo e deixar o cachorro se aproximar, por exemplo. Também é importante levar o bicho ao quarto para conhecer e sentir o cheiro do ambiente”, diz Alice Deutsch, pediatra.

Antes de pensar na espécie do pet, avalie com calma a decisão de ter um. Afinal, a responsabilidade pelo bem-estar do animal é dos pais. Sem contar o gasto com ração e veterinário, que pode ser alto e precisa estar previsto no orçamento. “A responsabilidade pelo cuidado com o bichinho pode ser compartilhada. Mas a criança só pode assumir o que tem capacidade de cumprir e, mesmo assim, vai ser supervisionada na execução da função. Por exemplo, se vai dar comida para o peixinho, os pais precisam olhar para ver se ela não exagera”, aconselha Clarissa Temer, psicóloga. Ter responsabilidade sobre o animal ajuda a criança a amadurecer, mas a maneira como os pais conduzem a relação determina o quanto ela pode aprender. “Há quem ameace o filho: ‘se você não cuidar, vamos dar o bichinho’. Dessa forma, a criança vai achar que o animal pode ser tratado como um brinquedo”, diz Clarissa. O pet pode alegrar a família inteira. E, se a essa alegria se somar aprendizado, ainda melhor.

Por Revista Caras

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

De "Bob" pelo Rio

Neste Dia das Crianças, o blog e o perfil do Instagram Circo Lego são uma inspiração para pais e filhos: que tal levar as peças de brinquedo para passear pela cidade? É o que tem feito o funcionário público, DJ e colecionador de LEGO, Cristiano Marinho, autor do trabalho. Sempre com algumas das 13 mil peças da sua coleção no bolso, ele as fotografa em situações inusitadas no Rio. 


Seus cabeçudinhos já andaram de bicicleta na Praça XV, surfaram no Arpoador, brincaram nas ruas da Tijuca. "O Circo Lego nasceu de um hobby e hoje é um miniestúdio de foto e animação em stop motion", conta Cristiano, que já fez uma série de trabalhos em Lego sob encomenda para sites (cenas do final da novela "Avenida Brasil", melhores momentos da Copa das Confederações, trechos dos desfiles da Sapucaí). 


"Não vejo apenas a coleção como um acúmulo de peças, mas como um acervo de formas e cores, um repertório, um vocabulário. Nessa série do Rio, por exemplo, quis desloca-los para uma realidade fantástica, usando a ilusão de ótica". Cristiano não está sozinho: na internet, juntou-se ao AFOL(Adult Fan of Lego), turma de adultos que, assim como ele, fazem até esculturas em tamanho real com as peças, fotografam e exibem suas coleções. "O brinquedo sofre de um mal que é o mesmo da animação, dos quadrinhos e do videogame há uma cultura de que todos eles são coisas feitas para crianças. Quando, na verdade, as peças nada mais são que um sistema de construção modular com possibilidades infinitas de criação", diz o colecionador.





Por Veja Rio

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Como ensinar crianças a resistir a Junk Food


Você resistiria ao seu doce favorito depois de olhá-lo e cheirá-lo?

Uma professora de psiquiatria e pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia, em San Diego, está ensinando crianças com excesso de peso a ter força de vontade para resistir a batatas fritas, doces e salgadinhos.

Segundo o Wall Street Journal, em 2011 Kerri Boutelle conduziu experimentos com crianças de 8 e 12 anos ao longo de oito semanas. Elas deveriam avaliar seu desejo por um alimento específico cheirando, dando uma pequena mordida e olhando para ele durante cinco minutos. Após uma segunda avaliação, elas descartavam o alimento.

A abordagem de Boutelle contraria o ditado “longe dos olhos, longe do coração”. Em parte, isso se deve ao fato de que as crianças acabam comendo mais quando são expostas a seus alimentos favoritos em anúncios publicitários ou outros meios, mesmo que não estejam com fome. A ideia dos experimentos é desenvolver a força de vontade para superar o desejo de comer.

“Estamos ensinando as crianças a controlar seu desejo e a não comer quando não estão com fome”, declarou a pesquisadora ao Wall Street Journal.

Boutelle acompanhou os participantes do estudo durante um ano, e descobriu que a técnica de exposição aos alimentos funcionou por cerca de seis meses. Seu estudo mais recente ainda não foi publicado, mas ela já está convocando crianças para uma nova pesquisa, cujo objetivo é obter resultados mais duradouros por meio da variação do tempo de tratamento.

Por Discovery Mulher

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Mães cariocas dão suas opiniões sobre o fim do tradicional método de seleção “vestibulinho”


Dando continuidade a série de posts, a Petit Polá conversou também com mães de ex e atuais alunos de alguns dos melhores colégios do Rio de Janeiro, que tiveram que mudar o método de seleção há alguns meses. 

Mãe de uma ex-aluna, que atualmente cursa medicina, Elaine Donner diz que apesar de sempre ter tido vontade que Carolina estudasse no Colégio Santo Agostinho, nunca colocou esse desejo como prioridade na vida da filha. “Deixei bem claro que era um teste porque não havia vagas para todas as crianças e se ela conseguisse se classificar seria ótimo, mas caso contrário, não haveria problema algum, pois eram muitas crianças fazendo a provinha e existiam vários outros colégios, tão bons quanto aquele”, conta. Elaine também recorda que na época, explicou para Carolina que todo adolescente fazia provas de vestibular para entrar na Universidade e ela futuramente, teria que fazê-las também. “Faz parte da vida ganhar e perder e isso tem que ser bem explicado desde cedo para evitar frustrações em nossos filhos”, frisa. 

Quanto ao método de seleção, ela acredita que o vestibulinho é sim o melhor. “Cada colégio tem um perfil e muitas vezes, apesar do desejo dos pais, a criança não se adapta ao método utilizado e acho que os testes apesar de não serem 100% certeiros, nivelam a turma para melhor aproveitamento geral. Por que proibi-los se a criança ou o adolescente, obrigatoriamente, terá que enfrentar muitos outros testes e provas em sua vida futura? Devemos sim preparar nossos filhos para a vida, para saber ganhar e perder. Ou será que as vagas das Universidades também serão conseguidas através de sorteios? Esse sim é para mim um método injusto, já que a vida não é feita de sorteios”, finaliza a mãe. 

Renata Runco é mãe da Beatriz de 6 anos, que está no primeiro ano do ensino fundamental do Santo Agostinho. “Duas vezes por semana ela tinha aulas preparatórias que a ajudaram muito a fazer a prova de seleção. Tarefa de casa, horário, compromisso com a dinâmica das aulas nunca foram um problema para ela. Não estava preocupada se ela passaria ou não. Claro que queria! Mas vê-la feliz, compromissada e interessada em seu processo de aprendizagem, era muito mais importante. Passada esta etapa, percebo o quanto foi importante toda a preparação. Já alfabetizada, esta muito bem adaptada a rotina de sua escola”, conta.  

Renata também acredita que o vestibulinho não deveria ser abolido como forma de seleção nas escolas cariocas. “Deste modo era possível filtrar as crianças que não tem o menor perfil de estar na escola”, destaca. Para ela,o sorteio permitirá o acesso mais fácil de pessoas que não se enquadram no método dos colégios. “Como estas crianças reagirão? Conseguirão acompanhar? O que a Beatriz aprendeu não foi só para fazer a prova, vejo que foi para o dia-a-dia da sala de aula”.

Jane Giglio, mãe da Catarina, a preparava para o vestibulinho desde abril tendo duas aulas particulares por semana. “Ela evoluiu muito por conta do preparatório, tanto na questão de conteúdo, que deslanchou na escrita e leitura, quanto no lado emocional, que se tornou mais autônoma e segura”, conta. Por isso, Jane decidiu continuar com as aulas mesmo depois da decisão do Ministério da Educação de colocar um ponto final nos “vestibulinhos”. “Entendemos que ela está sendo preparada para o ensino fundamental e não somente para uma prova. O preparatório despertou na Catarina o gosto pelo saber, pelo estudo. E isto não tem preço. Ela adora as aulas e nós também”, diz. 

Jane é a favor do antigo método, porque acha necessário assegurar o nível do colégio, tanto educacional quanto de informação. “Na minha opinião, só devem entrar as crianças que se identificam com o estilo da escola que está diretamente ligado ao estilo da família e da sociedade onde vive. Por isso sou contra o sorteio, pois ele tira a chance de quem realmente quer estudar lá”, frisa. 

Mãe do Hugo e da Nicole, Patricia Marassi veio de uma família tradicional, onde o ensino foi em um colégio de freiras. “A escolha pela escola foi a mais difícil, pois não sabíamos se dávamos a eles um ensino como o nosso ou partiríamos para algo diferente. Após conversar com muitos familiares, amigos e conhecidos decidimos colocá-los numa escola que desse a eles o que nos foi ensinado”, conta. 

Depois de conhecer várias escolas – com vários métodos de seleção -, Patrícia optou por um colégio que tinha o “vestibulinho”. “Meus filhos não sofreram com a preparação. Não passei para eles o que realmente representa, pois eles são crianças e não sabem dimensionar isso. Apenas os informei que iriam fazer alguns exercícios e eles sempre gostaram. No dia da avaliação, apenas pedi para prestarem atenção e que fizessem o que pedissem. Não coloquei nenhuma pressão, mas é claro que dentro de mim, meu coração estava aflito!”, relata. 

Para Patrícia, os pais devem escolher a melhor escola para o seu filho, mas isso nãosignifica que é a mais forte, a mais procurada ou a que vai exigir mais dele. Segundo ela, a melhor escola é aquela que seu filho se adapte, se enquadre dentro dos padrões de vida da família e que atenda a expectativa da criança e dos pais. “Preparar a criança para a avaliação ajuda os pais a saber se a criança está apta para tal escola ou não. Eu voto a favor dessa opção, pois isso facilita os pais a encontrar um melhor caminho para o seu filho”. 
Quanto ao sorteio, Patricia acha bom para quem entra, mas fica a dúvida em relação a se a criança vai se enquadrar aos padrões da escola. “Caberá aos pais um olhar mais atento nesses primeiros anos, o seu comportamento será a prova de que as coisas estão indo bem ou não”, finaliza. 

E você? Concorda com as opiniões das mães que o “vestibulinho” era o melhor método de seleção dos colégios cariocas? Dê a sua opinião!

Por Amitiés – Gestão e Informação

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Vestibulinho X Sorteio: A opinião de quem acompanha de perto


 
A Petit Polá conversou com a fonoaudióloga infantil, que também trabalha com a preparação psicomotora das crianças que fariam a prova de seleção para entrar no 1º ano do ensino fundamental, Flávia França, sobre a mudança na seleção de alunos para as melhores escolas do Rio de Janeiro. Sua opinião é expressa no artigo abaixo:

Na educação infantil a criança deve ser estimulada em todas as suas potencialidades. É o momento dela ganhar mais segurança, de desenvolver a formação moral e a responsabilidade. É também na educação infantil que se dará a inserção em diversos grupos, além do familiar. Neste percurso ela desenvolverá sua linguagem expressiva, compreensiva e gestual. Para isso deverá ser estimulada a exercitar suas capacidades motoras e cognitivas. Assim terá inicio sólido seu processo de alfabetização. 

O desenvolvimento insuficiente, em razão da falta de uma estimulação suficiente, leva a desarmonias cognitivas e, possivelmente, ao fracasso escolar. A educação infantil deve ser a base sólida e eficaz, de outro modo o resto tende a ruir. 

Os professores ganham mal. Moramos num país onde o ensino não é valorizado e por isso é, em geral, fraco. Muitas e muitas vezes, lemos, sabemos e ouvimos, sobre erros ortográficos absurdos de advogados, médicos, políticos, empresários e o pior, de professores, profissionais que se formaram com louvor. Temos que levar o estudo a sério e exigir o ¨PADRAO FIFA¨ no ensino.Tenho receio de sorteio de vagas para o ingresso em qualquer fase da escolaridade. Temo que entrando pelo sorteio e não por mérito, nosso ensino, já tão carente, possa piorar mais. 

Quando e como essas crianças serão preparadas? Acredito que nossa excelência será cada vez mais limítrofe sem exigência. Será que teremos crianças mais desinteressadas, mais mal orientadas, mais desestimuladas, fazendo “do seu jeito¨, sem mesmo saberem de que jeito, se sentindo incapazes de irem mais, de tentarem mais, e por isso conformadas, acomodadas? E seus pais, sem saber o que fazer, aceitarão e não exigirão um ¨tente mais¨, ¨se esforce mais¨, ¨acredite em você¨, ¨você consegue¨... Seria uma depressão total, uma falta de desejo de ir além. 

Minha grande preocupação é com o que será ensinado e cobrado na educação infantil. É possível que as escolas se acomodem sabendo que as vagas tão concorridas serão adquiridas através de sorteio e que pensem que esses primeiros anos são só para brincar, para passar o tempo, enquanto seus pais estão no trabalho.

Neste cenário, as escolas de educação infantil se transformariam, num futuro não muito distante, em playgrounds, onde esses pequenos aguardarão o momento de voltarem para suas casas, sendo entregues de banho tomado, jantar nas barriguinhas, vazios de conhecimentos e sem aprendizado.

Sou a favor de uma entrevista individualizada onde a criança seja avaliada em suas habilidades compreensivas e expressivas. Esta entrevista deve avaliar o desenvolvimento psicomotor, a percepção, a linguagem e as funções cognitivas. Sou a favor, portanto, de uma avaliação das habilidades específicas antes da leitura e da escrita, antes da alfabetização.

Penso que esta seja uma forma de avaliação, sobretudo das escolas de educação infantil, e que isso as motive a apresentar um trabalho cada vez melhor.

É importante esclarecer que o fato de uma criança conseguir ou não a vaga numa destas tão disputadas escolas seja através de sorteio ou de testagem/entrevista, em minha observação, não leva a qualquer frustração da criança, mas apenas, às vezes, de seus pais. E mesmo no caso do sorteio estes pais ainda terão que ter o cuidado de controlar suas expectativas e frustrações, tanto como se fosse numa testagem/entrevista. 

Devemos encarar essas testagens/entrevistas com a naturalidade que encaramos, por exemplo, a troca de faixa no judô ou a troca de touca na natação.

Crianças bem preparadas e estimuladas pelas suas escolas e familiares terão o mundo aos seus pés.
Estudo é coisa séria!

Por Flávia França – fonoaudióloga infantil e preparava crianças para o "vestibulinho"