segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Com fim do “Vestibulinho”, colégios recorrem ao sorteio para admissão de novos alunos


Ensino de qualidade para os filhos, todos os pais almejam. Mas essa não era tarefa fácil para os pais que desejavam que seus pequenos estudassem em algumas das melhores escolas do Rio de Janeiro, como São Bento e Santo Agostinho. Esses colégios adotavam um método de exame de seleção para a admissão de novos alunos nas classes de alfabetização. Porém, esse tipo de prova agora está proibido.  

O Ministério Público pressionou a Secretaria de Educação e desde o mês passado, as escolas devem cumprir a legislação federal que proíbe a realização de "vestibulinhos" até o 1º ano do ensino fundamental. "O critério de avaliação sujeita a criança a uma situação de constrangimento, o que pode causar um stress e uma pressão incompatíveis com a idade", argumenta o professor Luiz Fernando Mansur, membro do Conselho Estadual de Educação. "As escolas precisam criar outro tipo de seleção", explica.

É o que elas estão fazendo. O Santo Inácio, que não fazia provas, mas avaliações em grupo e entrevistas, decidiu que realizará dois sorteios das vagas: um para o público em geral e outro para filhos de ex-alunos. Quem tem um irmão matriculado ou é filho de funcionário tem lugar garantido. Além de assegurar vaga a quem pertence a esses dois últimos grupos, o São Bento reserva lugar aos filhos de ex-alunos. O Santo Agostinho adotou as mesmas regras. 

A Revista Petit Polá conversou com pais, professores que preparavam as crianças para os "vestibulinhos" e com os colégios. Fiquem atentos aos próximos posts

Por Amitiés – Gestão e Informação com informações da Veja Rio

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Gel de glicose ajuda a proteger prematuros de danos no cérebro


Um em cada dez bebês nascidos antes do tempo são afetados por um nível baixo de açúcar, que, se não for tratado, pode causar danos permanentes.

Pesquisadores da Nova Zelândia testaram a terapia que utiliza o gel de glicose em 242 bebês que estavam sob seus cuidados e, com base nos resultados, sugeriram que a medida fosse adotada como tratamento de primeira linha.

O estudo foi divulgado na publicação científica The Lancet.

Hipoglicemia

O tratamento com gel de glicose custa um pouco mais de R$ 3,50 por bebê, e é mais fácil de administrar do que a glicose dada por terapia intravenosa, disseram Jane Harding e sua equipe da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia.

O tratamento atual típico envolve alimentações suplementares e exames de sangue regulares para medir os níveis de açúcar.

Mas muitos bebês acabam em unidades de tratamento intensivo e passam a receber glicose intravenosa quando os níveis de açúcar no sangue permanecem baixos - uma condição que os médicos chamam de hipoglicemia.

O estudo procurou avaliar se o tratamento com açúcar em gel pode ser mais eficaz do que a alimentação suplementar em reverter a hipoglicemia.

Custo benefício

Neil Marlow, do Instituto de Saúde da Mulher da University College London, disse que, embora o gel de glicose tenha caído em desuso, estes resultados sugerem que ele pode ser "ressuscitado" como um tratamento.

"Nós agora temos boas evidências de que o gel tem seu valor", disse Marlow.

Para Andy Cole, diretor-executivo da Bliss, uma instituição de caridade para bebês prematuros, "esta é uma pesquisa muito interessante, e nós estamos sempre abertos a tudo que possa ajudar no tratamento de bebês nascidos prematuros ou doentes."

"Este é um tratamento com bom custo benefício, que pode reduzir as internações em centros de terapia intensiva que já estão com capacidade máxima de pacientes."

Por BBC News

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Para estimular a fala, converse com o bebê antes mesmo de ele nascer


Uma criança saudável começa a desenvolver a capacidade de falar quando ainda está no útero da mãe. "Aos cinco meses, o feto entende o ritmo, a intensidade e o tamanho das palavras", diz a fonoaudióloga Aline Moreira Lucena, mestre em ciências da saúde da criança e do adolescente pela Faculdade de Medicina da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

A partir desse momento, todos os sons que ele capta, principalmente as vozes dos pais, serão importantes para formar o seu repertório ao longo dos meses após o nascimento. Por isso, para os especialistas, é imprescindível que os pais conversem com a criança antes mesmo de ela nascer.

"Estabeleça contatos sonoros harmoniosos na gravidez. Converse com o bebê e ouça música com ele. Mas que não seja o som por si só. A música tem de ser prazerosa para a mãe. Ela ajuda a liberar hormônios de prazer, que afetarão a criança no útero. Ao mesmo tempo, brigas, gritarias e ruídos relacionados ao estresse podem alterar o desenvolvimento da fala da criança", diz o neuropediatra Mauro Muszkat, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

Experimentações

As primeiras tentativas de falar de uma criança acontecem entre o primeiro e o terceiro mês de vida. Nessa fase inicial, segundo a fonoaudióloga Aline, o recém-nascido quer imitar os sons dos pais. "Ele tenta repetir a palavra dita pelo adulto, mas só sai um som gutural, como 'gaaa' ou 'guuu'."

Dos quatro aos seis meses, o bebê balbucia muito. A especialista explica que é o momento de experimentar mais. Começam a sair sons parecidos com palavras, e ele pode até dizer as primeiras, como "mã" (o equivalente a mamãe) ou "pá" (papai). Também é comum o balbucio com uma certa sonoridade, como se o bebê estivesse cantando. Essa fase de experimentação dura até os 11 meses. Quando a criança completa um ano, ela, geralmente, já diz suas primeiras palavras, que são relacionadas a desejos imediatos, como "água", "dá", "qué", "mãe", "pai".

Segundo Muszkat, uma criança de dois anos deve ter, no mínimo, um repertório com cerca de 50 palavras. "Isso é variável. Uma menina, por exemplo, pode conhecer mais palavras do que um menino", diz o neuropediatra. A partir dos três anos, a criança cria frases com verbos e o vocabulário aumenta para em torno de 300 palavras. "É nessa época que ocorre a explosão da linguagem", fala Muszkat.

Como identificar problemas

Além de observar o desenvolvimento de acordo com a faixa etária, descrito acima, o neuropediatra Muszkat destaca a importância de verificar não só a fala, mas toda a comunicação da criança. Ela deve compreender comandos, acompanhar objetos e pessoas com o olhar e dar atenção quando alguém conversa com ela. "Fique atento se a criança não tem tendência a imitar tudo", diz Aline.

"Se, por volta dos nove meses, a criança não atende pelo nome e não dá tchau, é um sinal de atraso, que pode estar relacionado ao autismo. Já em uma criança que ainda não fala, mas interage com os adultos e brinca, o atraso pode estar relacionado a outro problema, que deve ser analisado pelo médico que a acompanha", fala Muszkat.

O que pode atrapalhar a fala

De acordo com o neuropediatra, entre as várias condições que atrapalham o perfeito desenvolvimento da fala, as mais comuns são deficiência auditiva ou intelectual, má formação facial, problemas de cognição e síndromes genéticas. "Muitas vezes, o atraso da fala precede manifestações de problemas neurológicos, que só aparecerão mais tarde", afirma o médico.

Se a criança viveu alguma situação traumática, como uma internação em hospital, pode ter sua capacidade de falar afetada. "Às vezes, ela só fala em condições particulares. Os pais e filhos nessa situação precisam de um apoio importante para criar e sustentar conversas prazerosas. Existem muitos psicólogos especialistas no primeiro ano de vida que podem ajudar", declara a psicanalista Silvana Rabello, especializada em clínica de criança e professora da PUC de São Paulo.

Seja qual for a causa, Muszkat destaca a importância de um diagnóstico precoce, principalmente, porque, dependendo do caso, quanto mais cedo o tratamento começa, maior é a chance de recuperação.

"Os primeiros dois anos são muito ativos para a linguagem. Nessa fase, o cérebro é muito plástico e responde com várias modificações, aumentando a conexão entre os neurônios. Crianças até essa idade que tiveram lesões no cérebro se recuperam com muito mais rapidez do que um adulto. A capacidade de adaptação é maior e deve ser explorada", diz o neuropediatra.

Para a fonoaudióloga Aline, o primeiro especialista a ser procurado em situações de suspeita de problema é o pediatra que acompanha a criança. "Dependendo do caso, ele vai dar o primeiro alerta e depois encaminhar para o neurologista, o psiquiatra infantil, o otorrinolaringologista ou o fonoaudiólogo."

Dicas para ajudar o bebê a falar

Para a psicanalista Silvana Rabello, o desejo de se comunicar é uma função motivada pelo prazer. Por isso, o ideal é oferecer um ambiente de diversão sonora para a criança desenvolver plenamente a linguagem, sem se sentir pressionada.

Aline dá a primeira dica. "A partir do momento em que a criança começou a emitir sons, os pais devem incentivá-la, mantendo a conversa. Em certos momentos, imite os sons que ela faz e acrescente novos para que ela também imite."

"A musicalidade da mãe ao conversar com o bebê é um sinal do prazer, do encantamento e da surpresa que ela sente ao falar com o filho. Ao falar com ele, explicar, contar histórias, a mãe convence o filho de que ele é um ser da comunicação, um interlocutor. A criança vai se apropriando dessa condição e se coloca nesse lugar com prazer em atuar", afirma Silvana.

Outra maneira de ajudar a desenvolver a fala do filho é colocá-lo em contato com crianças da idade dele. "De creche a cantinho infantil de shopping, vale tudo. Assim é possível verificar se ele tem a habilidade de se relacionar com os outros", diz Aline.

Cantar músicas, mostrar como a papinha dele é feita, ver revistas e livros... Tudo é importante para o aprendizado de novas palavras. "Quanto mais você aguça a curiosidade de uma criança, mais ela vai querer saber. E quando ela aprende uma palavra nova, quer usá-la muito", diz a fonoaudióloga. E, por último, deixe-a livre para brincar. "É no brincar que a criança desenvolve a fala", fala Aline.

O que não fazer

Superproteger a criança só atrapalha. O excesso de cuidados impede que ela explore mais o mundo, veja as coisas ao seu redor e reconheça, por exemplo, que o carro que está passando na rua é o mesmo que viu no desenho animado da TV.

"Quando ela aprende uma coisa nova sozinha, quer falar sobre isso. Pensar em todos os fatores negativos de soltar mais o seu filho é esquecer o benefício que ele tem quando entra em contato com o mundo", declara a fonoaudióloga.

Segundo a especialista, quando uma criança é superprotegida, ela é mais facilmente entendida pelos pais do que por outras crianças. Isso gera uma dependência que também afeta o desenvolvimento da linguagem.

"Na superproteção, os pais não deixam a criança nem apontar o que quer. Eles já entregam o objeto para o bebê. Tem criança que não aprende a pedir para ir ao banheiro, porque alguém sempre a coloca sentada no vaso sanitário até fazer cocô."

O uso de diminutivos em excesso é condenado por Aline. "Se o bebê só ouve "inho" no fim de todas as palavras, ele não consegue diferenciá-las. Isso afeta a compreensão do seu próprio nome.

Ficar o tempo todo na frente da televisão também não é indicado pelas duas especialistas. "Não precisa ser radical e banir a TV do cotidiano da criança. Mas também não é legal deixá-la sozinha na frente do aparelho. É interessante acompanhar, comentar as imagens, mostrar que o cachorro da TV também existe na vida real. A televisão funciona muito bem como um apoio da conversa", diz.

"É perigosa a quantidade de vídeos para pequenos que quase ocupam a cena da conversa com os pais. A televisão achata, simplifica o diálogo, principalmente para crianças que têm dificuldade em falar", diz Silvana.

Por UOL

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Volta às aulas no Calendário Americano

Para quem leu meus textos ano passado, lembra que eu escrevia sobre a expectativa de como seria os primeiros dias da minha filha na escola aqui nos Estados Unidos.

A Manoella teve um ano incrível! E eu que pensei que o ano letivo terminaria com ela escrevendo seu nome, acabei com minha filha lendo livros para o irmão mais novo.

Agora rumo a primeira série, as emoções de mãe e filha já foram bem diferentes. Mais calmas, curtimos muito os últimos dias de férias e a Manoella estava morrendo de saudades da escola. A primeira diferença entre os dois anos foi a carta que a  professora mandou pelo correio antes das aulas começarem. Ano passado eu li a carta para a Manoella. Esse ano, ela leu sozinha a carta que recebeu da sua nova professora.


E na sala de aula ficou super feliz em ver que agora ela já teria sua própria mesa!


Esse ano, as compras para o começo das aulas foram diferentes, afinal de contas, nessa idade as crianças já escolhem o que gostam. E os produtos mais queridinhos que vi entre as crianças foram:

Gap Polkadot messenger bag – USD29.95 – www.gap.com – 100% nylon – é uma ótima opção ao invés da mochila, pois é uma bolsa carteiro. Mas atenção, é mais indicada para crianças que não tem que levar materiais muito pesados diariamente, como por exemplo em escolas aqui em que as crianças tem seus armários na sala de aula.
Gap Monster backpack – USD34.95 and Monster lunchbox – USD19.95 – www.gap.com –vi vários meninos usando essa mochila, e é simplesmente um barato! A merendeira é o toque final para a ida a escola ficar ainda mais divertida.
New Balance Rainbow – com certeza é o mais famoso entre as meninas, tem vários modelos, cada um mais lindo que o outro. O da foto é o Rainbow 890v3 e custa USD57.99. Visitando o site www.newbalance.com você pode checar pelo tamanho, e se quer o modelo com ou sem cadarço.
New Balance Minimus Ionix 3090V2 – USD69.99 – www.newbalance.com – os meninos não ficam para trás no quesito estilo, principalmente com esse modelo que tem o famoso N estampado, só que mais moderno, além de confortável e extremamente leve.
E assim mais um ano se passou e quando as pessoas falam que passa rápido eu, agora, acredito! Tento aproveitar cada segundo, cada detalhe de todas as suas fases e participar de tudo. E assim, minha filha já está na primeira série e parece que foi ontem que eu a colocava pela primeira vez no famoso ônibus amarelo.

Por Paula Aloy - colaboradora da Petit Polá nos Estados Unidos

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

A importância da atividade física durante a gravidez



Aparentemente, os dias de irritabilidade, cansaço e oscilações de humor durante a gravidez estão com os dias contados. Um estudo realizado pela Universidade de Western Ontario, no Canadá, revelou que a atividade física melhora o humor das futuras mamães.

Para chegar a esse resultado, os pesquisadores Anca Gaston e Harry desenvolveram um plano de exercícios de quatro semanas para grávidas inativas. Cumprido o prazo, as participantes relataram melhoras significativas em relação ao humor e ao cansaço.

Gaston e Prapavessis partiram do pressuposto de que transtornos típicos do pós-parto, como depressão e ansiedade, na verdade são mais intensos durante a gravidez. O sedentarismo das mães também pode afetar os bebês e gerar problemas como alterações dos níveis de cortisol, comprometimento do desenvolvimento cognitivo e maiores riscos de desenvolver problemas mentais.

A conclusão dos autores reforça a hipótese de que praticar exercícios durante a gravidez proporciona múltiplos benefícios. Além do fortalecimento corporal, a atividade física contribui para uma boa noite de sono. Não é fácil dormir com uma criança dentro da barriga, mas exercícios periódicos deixam a mãe mais cansada e o corpo mais relaxado para que consiga dormir o tempo necessário e recuperar as energias.

Exercícios para grávidas

As gestantes devem realizar atividades físicas que façam bem ao coração, ajudem a manter a flexibilidade do corpo e a controlar o aumento de peso, e que fortaleçam a musculatura. Os exercícios não devem exigir esforços exagerados, que representem um risco tanto para a mulher como para o bebê.

Aldana Donato, formada em cinesiologia pela Universidad del Salvador, ressalta essa necessidade. “As grávidas costumam sentir dores na lombar e ter inchaços nos pés. As atividades físicas fornecem vários benefícios porque as ajudam a relaxar a coluna e aumentam a circulação do sangue”.

Caminhar, por exemplo, é uma das melhores formas de se exercitar nessa fase, porque não gera impacto ou desgaste das articulações e é uma atividade segura. Além disso, não exige um lugar ou preparação especial (somente um bom par de tênis), e é ideal para o bom funcionamento cardiovascular.


Até o quarto mês, quando a barriga começa a aparecer, é aconselhável concentrar parte da atividade física no fortalecimento das costas. “O crescimento da barriga aumenta a curvatura lombar, por isso recomendamos a realização de exercícios para a região pélvica”, explica Donato. Como exercitar as costas? Basta a mulher se deitar de barriga para cima, com os joelhos flexionados, e realizar pequenos movimentos como os mostrados no vídeo abaixo:


Para complementar essas atividades, a ioga e os alongamentos diários são as melhores opções porque trabalham a elasticidade. “O alongamento combinado com exercícios de respiração que aumentem a capacidade torácica, reduzida pelo espaço ocupado pelo bebê, facilitam a circulação, a mobilidade das articulações e a preservação do equilíbrio”, completa Donato.

Por Discovery Mulher

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Em livro, economista diz que um drinque por dia na gravidez não faz mal

Beber uma taça de vinho por dia não faz mal nenhum durante o segundo e o terceiro trimestres de gravidez, mas comer peito de peru ou queijo fresco, sim, pode ser prejudicial e deve ser evitado.

As recomendações estão no livro "Expecting Better" (esperando o bebê de uma forma melhor), recém-lançado nos Estados Unidos e escrito por uma economista.

Emily Oster, 33, é professora da Universidade de Chicago e mãe de uma menina de dois anos. Na gravidez, ela se viu perdida entre informações desencontradas de obstetras e procurou estudos que justificassem dogmas como evitar carne crua e beber menos café (veja abaixo).

A economista Emily Oster
Depois de analisar os estudos --no livro, ela cita 285--, concluiu que a gravidez é "um mundo de regras arbitrárias, no qual pesquisas científicas fracas se transformam em sabedoria popular".

Sobre o álcool, Oster afirma que é "muito difícil achar uma boa evidência de que uma quantidade pequena tenha impacto no comportamento ou no QI da criança".

E chama de draconianas as diretrizes oficiais que vetam o álcool, como a do Congresso Americano de Obstetras e Ginecologistas. Segundo a entidade, beber pode causar aborto, parto prematuro e síndrome alcoólica fetal, que pode levar a malformações.

Em resposta ao livro, a ONG americana Nofas (Organização Nacional de Síndrome Alcoólica Fetal) publicou nota dizendo que os conselhos de Oster são "nocivos" e que ela não tem qualificação para escrever sobre o tema.

"Eu já esperava essa reação. Mas é importante notar que ainda há muito desacordo sobre o assunto entre médicos", disse Oster à Folha.

"O objetivo do livro não é dizer o que fazer, mas apresentar a evidência científica para que as mulheres possam decidir sozinhas."


CADA UM DIZ UMA COISA

Obstetras brasileiros reconhecem que não há consenso nas recomendações dadas às grávidas. A explicação, segundo Eduardo Fonseca, professor livre-docente pela Faculdade de Medicina da USP, é que as pesquisas existentes não são conclusivas.

Boa parte dos estudos nessa área é feita em animais e não dá para ter certeza de que o resultado seria o mesmo em humanos, diz Denise Pedreira, do Hospital Samaritano.

"Esses trabalhos não podem ser feitos com pessoas. Não podemos colocar grávidas para fazer coisas possivelmente nocivas. São dilemas que nunca terão uma resposta científica", afirma.

Na falta de evidência, alguns médicos optam por proibir quase tudo. "É melhor pecar por excesso que por falta", diz Renato Sá, presidente da Comissão de Medicina Fetal da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).

Esse raciocínio é usado para proibir o álcool, já que é impossível estabelecer uma dose segura. "Um drinque que deixa você só alegrinho pode ser um porre imenso para o bebê", completa Sá.

Mas há médicos que não veem problemas no consumo eventual, definido como "uma taça de vinho por semana" por Eduardo Zlotnik, obstetra do Hospital Israelita Albert Einstein.

RISCOFOBIA

A lista de recomendações de Oster inclui desde não usar hidromassagem quente --pelo risco de malformação no primeiro trimestre-- até evitar a jardinagem, por risco de toxoplasmose.

Para a obstetra Denise Pedreira, as proibições, cada vez maiores, transformam a gravidez em uma prisão. "Você deve se considerar em um estado especial e evitar certas coisas. Mas não achar que não pode fazer nada."

Segundo ela, 90% das malformações no início da gravidez não têm causa definida. "Algumas coisas vão acontecer independentemente do cuidado que você tiver."

EXPECTING BETTER
EDITORA The Penguin Press
PREÇO R$ 25,93 (Kindle)

Por Folha de S. Paulo

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Alimentos sem conservantes para bebês em situações de emergência


Em nossa viagem a Dubai, conheci uma mulher brasileira que também estava viajando com seu filho de 9 meses. Conversamos um pouco e quando discutimos a alimentação do seu bebê, ela me mostrou umas papinhas que nunca tinha visto. 

Como trabalhava na área médica, aproveitei a oportunidade para perguntar se aquele tipo de alimentação não tinha nenhum risco. Ela me disse há uma tendência de alimentos orgânicos, sem aditivos, corantes ou conservantes ultimamente e que no caso de viagens ou passeios, ela optava por essas papinhas orgânicas, em forma de smoothies, que já vinham prontas para serem consumidas. Explicou que comprou a marca pioneira “Ella's Kitchen”, que encontrava em Dubai ou Abu Dhabi.

A Sofia ama os produtos da marca e sua mãe também! 

Pode ser usado o próprio recipiente, sem colher ou prato.

No site oficial, há todos os produtos da marca: http://www.ellaskitchen.co.uk/

Por Silvana Roggero - colaboradora da Petit Polá em Buenos Aires

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Cyberbullying: quando a internet vira um inferno


"Se desejamos alcançar uma paz real no mundo, temos de começar pelas crianças." (Gandhi)

A palavra vem do inglês e quer dizer valentão. O bullying é um conjunto de atitudes agressivas, repetidas e intencionais, praticadas por uma ou muitas pessoas e executadas dentro de uma relação desigual de poder. Acontece na escola. Acontece na internet. E acontece na vida de muita gente. O que sempre me espantou na questão é a violência absurda que extravasa nestas situações.

Quem não conhece alguém que sofreu bullying? O designer MR, 50 anos, (nome protegido a pedidos) sofreu durante toda a infância porque, a uma determinada altura, alguém inventou que ele era “bicha”. Numa fase em que sexualidade está em alvoroço. Ele se virava em muitos para mostrar que namorava, gostava de meninas e tal. E os valentões, claro, continuavam com a “brincadeira”. Claro que o constrangimento era gigantesco. Só que o menino virou homem, casou e teve filhos. E a história ficou marcada a fogo na sua memória.

A questão, explica a psicóloga Yara Werneck, da PUC-SP, é que todos somos capazes de suportar um ou outro revés. Mas a repetição diária destas atitudes pode trazer problemas para a saúde e mente das crianças e adolescentes. De síndrome do intestino irritável (diarreias causadas por estresse) a depressão, ansiedade, síndrome do pânico, suicídio… o espectro de consequências é grande.

O pior é quando a tecnologia – que, sim, é bacana e coloca muitas informações importantes sob nossos olhares – espalha o comportamento. Atrás das muitas telas (computador, celular, tablet), algumas pessoas acham que podem tudo. E limites são conceitos mais que abstratos para crianças e adolescentes, não é?

Incitar a violência contra as mulheres, homossexuais e negros. Discriminar alguém por conta de uma escolha – que seja o corte do cabelo, partido ou religião. Ou por causa do peso, sair com piadinhas. Tudo isso são formas de bullying que podem acontecer no Facebook, no Instagram e através de mensagens de texto.

O melhor a fazer, em qualquer caso, é que denunciar, falar disso. Quando acontece na internet, o primeiro passo é não falar muito nas redes sociais (e não dar o link). Depois, corra para a Polícia Federal e denuncie em Crimes de Ódio. Eles tomarão as devidas providências. O Safernet   também recebe denúncias – e age em parceria com a Polícia Federal.

O conselho é: jamais deixe um abuso passar em branco. Apoie seu filho, dê atenção e ensine: respeito é bom e todo mundo gosta.

Por Luiza Freitas - Discovery Home & Healthy