terça-feira, 26 de novembro de 2013

A incrível percepção dos bebês


Na grande maioria das vezes, a resposta para o comportamento de um bebê reside nas atitudes dos pais. Os recém-nascidos não se mantêm alheios ao mundo dos adultos, pelo contrário. Eles percebem o que acontece a seu redor e reagem por meio de comportamentos que vão do riso ao choro. Estudos recentes revelaram que os bebês podem decifrar as emoções de seus entes queridos mesmo quando estes estão fingindo, ou reconhecer a voz da mãe poucas horas depois do nascimento.

Esse tipo de investigação mostrou que os bebês tornam-se capazes de identificar as emoções dos adultos por volta dos sete meses de idade. Com seis meses, já conseguem identificá-las em pessoas com as quais estão familiarizados.

Na tentativa de saber mais sobre como os bebês percebem e são afetados pelo ambiente, os pesquisadores da Universidade de Brigham Young, Estados Unidos, realizaram uma série de estudos que sugerem que os bebês compreendem não apenas as emoções dos adultos, mas também dos animais e de outros bebês. Segundo Ross Flom, professor de psicologia da universidade, os bebês podem, por exemplo, interpretar corretamente os sentimentos relacionados à tristeza e felicidade em cães e macacos.


Para chegar a esses resultados, Flom e sua equipe analisaram o comportamento de alguns bebês mostrando imagens de cães, uma com o cão em posição ameaçadora, e outra mais amistosa. Em seguida reproduziram duas gravações: uma com latidos agradáveis e outra latidos agressivos. As crianças com seis meses de idade conseguiram relacionar com sucesso os sons e as imagens, interpretando a linguagem corporal dos cães.

Em relação à identificação de tristeza e felicidade, um estudo anterior do mesmo autor revelou que bebês de cinco meses são capazes de diferenciar uma música triste de uma alegre. Segundo Flom, “uma das primeiras coisas que os bebês entendem comunicativamente é a emoção, por isso, para eles, a melodia é a mensagem”. Essa percepção foi determinada considerando as mudanças no rosto e a atitude dos bebês conforme o tipo de música que ouviam.

Por Discovery Mulher

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O sorriso mágico dos bebês

José Roberto Torero escreveu 30 livros, metade para crianças e metade para adultos, e Maria Rita Barbi trabalha com projetos de consultoria em negócios, mas se diverte escrevendo. Os dois escrevem para blog "Barrigudos" e no post abaixo, descrevem as diferenças dos sorrisos dos bebês, em especial do pequeno Matias. Confiram:


Matias está rindo. E muito.

Mal acorda e já dá belas risadas com suas gengivas vazias.

Ele já dava alguns sorrisos antes, mas agora eles acontecem com muita facilidade. E nós derretemos, é claro.

O interessante é que os sorrisos começam a acontecer quando os pais já estamos exaustos por conta dos primeiros meses de cuidados intensivos com os bebês.

O cansaço, as olheiras, as noites sem dormir e os braços cansados de carregar o bebê durante as crises de choro, tudo isso é esquecido quando eles riem para nós.

A risada para os pais é uma recompensa. É o pote de ouro no fim do arco-íris.

E não é à toa que os bebês são fofos. Há quem diga que a risada dos bebês é uma prova da teoria da evolução de Darwin. Uma prova da seleção natural.


O sorriso aumenta o índice de fofura, e isso faz com que os adultos lhes prestem mais atenção, aumentando o cuidado que têm com eles, garantindo assim a sobrevivência dos filhotes e a perpetuação da espécie.

Trata-se de um truque para garantir os cuidados parentais. A mesma tese explica porque os filhotes de cachorros e de gatos são tão lindinhos.

Matias utiliza bem os seus poderes. Sempre que vê alguém pela primeira vez, dá um daqueles sorrisos com um gemidinho, o que automaticamente transforma a pessoa em uma escrava. Tanto isso é verdade que a frase mais comum depois de uma de suas risadas hipnóticas é “Posso segurar ele um pouquinho?”.

Ele é como o Gato de Botas do Shrek, só que, em vez daquele olhar pidão, usa o sorriso.

O golpe é ainda mais eficiente em avós babões e tias corujas. Estes pobres seres, já predispostos a amar incondicionalmente, não têm a menor defesa contra os sorrisos sedutores de um bebê. Se Matias soubesse falar e dissesse “Me dá seu carro, vovó?”, elas entregariam a chave na hora.

Mas o riso como elemento de sedução não é uma exclusividade humana. Segundo Katie Slocombe, especialista em cognição da Universidade de York (Grã-Bretanha), “Quando um chimpanzé ri, isso parece estimular seu interlocutor a continuar a brincar, assim como faz um bebê tentando manter a atenção de um adulto.''


A tática risadal de Matias é tão sofisticada que ele conseguiu desenvolver vários tipos de sorrisos. Há uma risadinha irônica com o canto da boca, um sorriso safado em que ele põe a linguinha de fora, uma risada larga, com a boca bem aberta, uma risada contida, com a boca fazendo apenas um traço, e uma gargalhada que é quase um grito. E às vezes ele ainda olha para a pessoa com o canto de olho e inclina levemente a cabeça. É infalível! Não há quem não se torne seu adorador.

Mas pode ser que estejamos sendo maquiavélicos demais. Talvez o riso das crianças não seja um recurso instintivo para garantir sua sobrevivência, talvez não seja uma demonstração da teoria da evolução de Darwin.

Talvez ele apenas sorria porque está feliz, porque sente que é amado.

Ou talvez seja isso que ele quer que a gente pense.

Por Blog Barrigudos

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Convivendo com diferentes culturas

Uma de nossas colaboradoras, Gretel Neves, é peruana, casada com um espanhol e mora em Barcelona com seu marido e seus dois filhos, Alexia, 6 anos, e Nicolás, 1 ano.

Por viver em uma cidade muito cosmopolita, seus filhos têm a oportunidade de conviver com pessoas de diferentes nacionalidades e viver um pouco as diversas culturas.

Desta vez, Gretel nos conta sobre a experiência que a família teve ao participar de uma comemoração indiana, o Diwalli.


"Meu pequeno Nico começa a ter seus primeiros amigos. Todos são muito internacionais, como é de se esperar em uma cidade como Barcelona. No fim de semana passado, fomos convidados para celebrar o primeiro Diwalli de Maddox, um dos amigos do meu filho de 1 ano e 10 meses.

Maddox nasceu na Espanha, mas sua mãe é mexicana e seu pai indiano. É o melhor amigo do Nico! Eu sei, eles tem apenas 22 meses, mas suas demonstrações de afeto, a forma como se divertem brincando juntos - e às vezes brigando também - nos faz perceber como os meninos se gostam. Nos diverte bastante vê-los juntos.


Fomos à casa da família de Maddox e os anfitriões nos explicaram que o Diwalli, Festival da Luz, é um dos eventos mais populares na Índia. É uma festa religiosa hindú que simboliza a destruição das forças do mal. Se celebra a cada ano entre os meses de outubro e novembro. As pessoas compram roupas novas para este dia especial, compartilham comidas (principalmente doces) e soltam fogos de artifício.


Nos divertimos muito nesta noite diferente na casa dos nossos amigos internacionais. Comemos comida indiana muito picante, mas muito gostosa também. Fizemos a punya, oração à deusa Lakshmí, que é aquela que dá prosperidade e riqueza. Havia outras famílias vindas de diversas partes do mundo e este contato foi muito interessante tanto para as crianças quanto para os pais. Alexia fez muitas amigas e ficou encantada quando saímos na rua com as luzes!"

Por Revista Petit Polá

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Dicas para viajar de carro com crianças e bebês


Feriado prolongado é sinônimo de viagem para muitos pais. Mas você sabe como proporcionar aos seus filhos horas no carro de maneira divertida, confortável e segura? Confira abaixo algumas dicas:

Tente fugir do calor
Se seu filho estiver resfriado ou com tosse, talvez você não possa ligar o ar condicionado do carro, e passar calor será muito chato e um incômodo para você e para as crianças. Então, procure programar a viagem para o mais cedo possível, para fugir de horários em que a temperatura esteja muito quente.

Não esqueça do travesseiro
A cadeirinha e o bebê-conforto geralmente não são tão confortáveis assim, por isso, tente deixar seu filho o mais confortável possível para dormir – neste caso, um travesseiro pequeno e apropriado para crianças ajuda bastante.

Leve um ou dois brinquedos favoritos
Pode ser um bicho de pelúcia, uma boneca ou outro brinquedo que seu filho adora. Com esse artigo por perto, a criança vai ficar feliz e se sentir segura porque terá com ela algo que conhece e se identifica.

Use a tecnologia como um coringa
Principalmente se seu filho estiver muito incomodado e cansado com a viagem, colocar um vídeo no smartphone ou no tablet ou então um DVD pode ser de grande ajuda. Podem ser vídeos animados com música, filmes (se seu filho já for maior e conseguir assistir) ou até jogos eletrônicos.

Faça brincadeiras com toda a família
Passar horas no carro é cansativo não só para as crianças, mas também para os adultos. Então, fazer brincadeiras pode ser uma boa forma de passar o tempo. Com as crianças mais velhas, além de cantar, você pode fazer adivinhações. Eu adoro brincar de “Tibitá”. É assim: uma pessoa escolhe um verbo e as outras precisam descobrir qual é esse verbo, fazendo perguntas com o verbo “tibitar”. Por exemplo: “Você tibita todo dia?”, “Você está tibitando agora?”. A brincadeira continua até alguém descobrir qual é o verbo.

Invente brincadeiras novas
Se você tem bebê, você sabe como qualquer coisa muito simples pode ser algo muito divertido para o seu baby, principalmente se for algo concreto, ou seja, real, e não um brinquedo. Nesta viagem recente, inventamos de colocar uvas dentro de uma garrafinha pet, rendeu boas risadas.

Não esqueça de água e comidinhas
Além de água e suco, você pode levar frutas (lavadas, cortadas e em potinhos), pão ou outro alimento que seu filho goste e o distrai ao mesmo tempo. A Manu adora comer aquelas uvas doces sem caroço, e isso já leva um bom tempo pra ela fazer e se distrair.

Leve documentos e remédios
Lembre-se de sempre andar com os documentos da criança em dia, como a carteirinha do convênio, além de levar os remédios e suas receitas. Se seu bebê ainda não tem identidade, você vai precisar levar a certidão de nascimento. Fique ligado: caso você resolva voltar da viagem de avião, se não tiver a certidão de nascimento do bebê, você não poderá embarcar.

Faça paradas estratégicas
Aproveite as paradas para “esticar as pernas”, trocar a fralda do bebê ou, se ele já andar, para ele também caminhadar. Se seu filho já souber ir ao banheiro, tente descobrir antecipadamente qual posto ou espaço de lazer no caminho da viagem é bom para isso (e mais limpo). A parada também é um bom momento de distração. A Manu adora cachorros e sempre tem alguém passeando com seu cão.

Crie expectativas
Apesar de cansativa, tente fazer da longa viagem uma aventura que terá uma “atração” no final, como a criança matar a saudade dos avós ou, se for o caso, conhecer um lugar novo e divertido (quando o destino for praia ou campo nas férias, por exemplo).

Mamães, logo começa o período de férias também, quando muitos destinos são acessados de carro. Espero que com essas dicas vocês façam uma boa viagem e curtam bastante os seus filhos. Você também tem outras dicas? O que costuma funcionar pra vocês? Conte pra gente!

Por Mamãe Prática

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Movimento prega a 'desaceleração' da rotina das crianças

A infância se transformou em uma corrida rumo à perfeição, e as crianças, em miniexecutivos com agenda cheia de atividades.

É o que argumentam os partidários do "slow parenting" (pais sem pressa), movimento que prega justamente o contrário: que as crianças tenham menos compromissos e mais tempo para fazer nada.

A ideia, que tomou corpo na Europa e EUA, ganha força aqui. Na semana passada, a primeira edição do "SlowKids", evento em prol da desaceleração da rotina das crianças, levou 1.500 pessoas ao parque da Água Branca, em São Paulo.

Na programação, atividades nada tecnológicas: oficina de jardinagem, brincadeiras antigas e piquenique. "As crianças precisam desligar os eletrônicos e interagir mais com os pais", diz Tatiana Weberman, uma das criadoras do projeto e diretora da agência Respire Cultura.

Vanessa Sheila Dias, 36, e a filha Anne, 8, no "SlowKids", no parque da Água Branca
Segundo o jornalista britânico Carl Honoré, autor de "Sob Pressão", muitas crianças têm todos os momentos da vida agendados e monitorados.

"Elas têm dificuldades de serem independentes, ficam sob estresse e são menos criativas", disse Honoré à Folha.

Ele foi o primeiro a usar o termo "slow parenting". "Tudo começou quando a professora do meu filho disse que ele 'era um jovem artista talentoso'. Na hora, a visão de criar o novo Picasso passou pela minha cabeça", conta.

No mesmo dia, ele começou a procurar cursos de arte para o filho, que na época tinha sete anos, até que o menino disse: "Pai, não quero ter um professor, só quero desenhar. Por que os adultos querem sempre cuidar de tudo?".

O puxão de orelha fez com que ele voltasse atrás e começasse a pesquisar o superagendamento da infância. Segundo ele, tudo começa com a boa intenção dos pais. Mas a vontade de ser o pai perfeito transforma a educação em um jogo de tudo ou nada.

VIDA DE EXECUTIVO

Para a psicanalista Belinda Mandelbaum, professora do Instituto de Psicologia da USP, a educação de resultados antecipa o ensino de ferramentas para competir no mundo corporativo. "Vejo crianças aprendendo mandarim porque os pais acham ser importante para o futuro."

Quando o empresário Marcelo Cesana, 38, diz não ter pressa de que o filho Caio, 1, aprenda a falar, a ler e a escrever, questionam se ele não vai ter dificuldade para trabalhar. "Me acham bicho do mato, mas não quero antecipar as coisas", diz ele, que levou a família ao "SlowKids".

A gerente de supermercado Vanessa Sheila Dias, 36, também foi ao evento com a filha Anne, 8. O domingo no parque faz parte da ideia de reservar um dia para fazer nada. "A rotina da semana é maluca, passo a ansiedade para a Anne", diz ela, que já se pegou pedindo que a filha comesse um lanche de fast food mais rápido.

Anne não faz atividades extraescolares. Já os filhos da psicóloga Patrícia Paione Grinfeld, 41, fazem natação, mas só aos sábados.

"Outros pais me perguntam: 'Eles não fazem nada durante a semana?' Como se fosse algo errado!", conta Patrícia. "Quero que crianças venham brincar com meus filhos, mas todas são ocupadas, tem que marcar antes."

As atividades extras não garantem que a criança vá aprender mais, diz Mandelbaum. "Muitas vezes, elas só aprendem a se adaptar a esse ritmo louco."

O primeiro efeito da correria é a ansiedade, diz a neuropsicóloga Adriana Fóz, coordenadora do projeto Cuca Legal, da Unifesp. "A criança fica frustrada pelo excesso de atividades e pela falta [quando se acostuma à agenda cheia]. Fica entediada com mais facilidade."

Não que toda atividade extra deva ser evitada, mas é preciso respeitar o tempo da criança. "Até os cinco anos os estímulos têm que ser mais naturais", afirma Fóz.

De seis a 12 anos, é hora de aprender de forma mais sistematizada, diz ela. Aí é preciso conciliar o que os pais consideram ser importante com o desejo e as habilidades da criança, cuidando para que ela tenha tempo livre.

"O ócio estimula a criatividade e a curiosidade por temas e experiências diversas", afirma a educadora e antropóloga Adriana Friedmann.

Por Folha de S. Paulo

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Chupar dedo ou chupeta


Chupar dedo ou chupeta é chamado de hábito de sucção não-nutritiva. O ato de sugar satisfaz o bebê afetivamente e gera um sentimento de prazer e de segurança. A sucção é um recurso que o bebê dispõe para se acalmar e é fundamental para o amadurecimento psíquico.

Geralmente a criança deixa de chupar dedo naturalmente. Entretanto, é possível que os pais tomem algumas medidas para evitar que esse hábito se prolongue durante a infância. Se o pequeno levar a mão à boca enquanto dorme e os pais estiverem perto, devem retirá-la com cuidado. Se a criança chupa dedo também durante o dia, enquanto está acordada, é essencial que os pais procurem substituir atividades em que ela fica de mãos vazias, por outras mais criativas como desenhar com lápis, giz, tinta, montar objetos, brincar de massinha de modelar. É interessante que os pais observem em quais situações a criança leva a mão à boca, assim poderão impedir mais facilmente, além de compreender quais circunstâncias geram mais ansiedade e medo, e poder conversar sobre isso com elas.

Brigar ou colocar substâncias com sabor/aroma fortes no dedo são medidas que não funcionam, além de poderem piorar o hábito. Discutir ou reclamar com a criança, expô-la na frente de terceiros, desencadeará mais ansiedade o que culminará no dedo na boca. Os pais devem proporcionar à criança um ambiente seguro e tranquilo, para que aos poucos ela possa substituir o hábito de chupar dedo para outras atividades que use as mãos. Se o pequeno não abandonar esse hábito com o passar do tempo pode ser útil levá-lo a um profissional. Crianças mais velhas devem ser levadas a um fonoaudiólogo, que em sua avaliação verificará a necessidade de um encaminhamento ao psicólogo.

E a chupeta? Até os dois anos a chupeta não deve ser vista somente como vilã, uma vez que ela conforta a criança na ausência do seio materno. Em geral, chupar dedo pode ser mais nocivo que chupar chupeta, uma vez que a chupeta pode ser jogada fora, esquecida, tirada pelos pais, enquanto o dedo está sempre disponível. É importante que os pais criem o hábito de tirar a chupeta da boca da criança depois dela dormir.

Mas, como acabar com o uso da chupeta? O processo pode ser iniciado com a visita a um odontopediatra. Existem alguns recursos que os pais podem lançar mão na hora de eliminar o uso da chupeta: avisar, aos poucos, que está chegando a hora de parar de chupar chupeta, propondo que a criança escolha outro acessório mais adequado para sua idade; evitar que o objeto fique tão disponível como antes (ofereça apenas na hora de dormir, por exemplo); criar histórias (fazer uso da fantasia sem medo!).

O ideal é que esse processo seja gradual e com colaboração da criança, minimizando os traumas,  evitando que se altere seu equilíbrio físico e psicológico. Os pais tem que ser pacientes e carinhosos, compreendendo o papel afetivo da chupeta na vida da criança!

Por Guia do Bebê

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Priorize o conforto para os primeiros sapatos do seu filho


Sapatinho de bebê é um dos itens mais icônicos da maternidade. Usados por muitas grávidas para comunicar à família que há um pequeno a caminho, durante os primeiros meses de vida, os sapatinhos são praticamente decorativos. No entanto, quando seu filho começar a ensaiar os primeiros passos, é preciso para partir sapatos "de verdade".


Segundo a pediatra do Hospital Israelita Albert Einstein Mariana Nudelman Frayha, quando se iniciam os primeiros passos, mesmo que com apoio, o ideal é a introdução de um calçado de solado firme e cano curto. Antes dessa fase, o bebê pode usar sapatinhos mais flexíveis. Mas os acessórios não devem ser usados todo o tempo. “Quanto mais tempo a criança que está começando a andar ficar descalça, melhor. Claro, se as circunstâncias permitirem”, aconselha a pediatra.


Nesta fase da vida, os pezinhos do bebê - assim como o resto do corpo - crescem a uma velocidade espantosa. No entanto, comprar um sapato maior para que dure mais não é uma boa escolha. Quando muito grande, o calçado fica frouxo e pode provocar bolhas e facilitar quedas, por não oferecer a estabilidade necessária. Tampouco é recomendável que o sapato seja apertado, pois pode causar desconforto ou machucar o pé do bebê.


Assim, o sapato do tamanho correto deve ficar firme no pé, não se movimentando muito ao caminhar e, para garantir que não fique apertado, deve haver uma folga entre o dedão e a ponta do calçado, com espaço suficiente para que a criança possa mexer os dedos. Outros aspectos que devem ser considerados são a altura e a largura do pé. Se o calçado deixar a parte de cima ou dos lados do pé com marcas avermelhadas, é sinal de que está apertado. Para proteger estas partes do pé, dê preferência a modelos macios e maleáveis, que se ajustem ao pé do bebê.

Na hora da compra

Para Frayha, o essencial é que a criança se sinta confortável com o calçado. De acordo com ela, alguns bebês transpiram bastante nos pés, e se incomodam em usar sapatos. Assim, o melhor é comprar calçados arejados, de tecidos naturais, que permitam que o pé “respire”.

No final da tarde, os pezinhos dos pequenos costumam estar mais inchados, assim como os de adultos, por isso este é o horário mais indicado para levar seu filho a uma loja para experimentar os sapatos, evitando que o modelo experimentado na loja fique apertado no dia seguinte. Outra dica: principalmente no inverno, vale levar a meia, que costuma ser mais espessa nessa época do ano, à loja para provar com o novo calçado.

Devido à velocidade de crescimento dos pés do bebê, os pais devem ficar atentos à necessidade de troca por calçados de um número maior, o que pode acontecer em poucos meses. Por isso, a recomendação é não encher o guarda-roupas dos pequenos com muitos modelos. Um tênis para o dia a dia, uma sandalinha para os dias mais quentes e um sapato para ocasiões especiais já são suficientes.

Às vezes, por terem sido descartados com pouco tempo de uso, muitas mães reaproveitam o calçado que foi do irmão mais velho no caçula, o que pode ser um problema, já que o sapatinho usado se moldou ao formato e forma de caminhar de primeiro dono, diferentes dos de outra pessoa, o que pode causar prejuízos ao desenvolvimento do caçula.

 Por Terra

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Maternidades oferecem transmissão de parto pela web e berçário BBB

A escolha da maternidade pode ser a primeira das grandes decisões que uma grávida tem que tomar. Algumas mulheres não têm a chance de escolher, pois seus obstetras indicam o hospital em que realizam o parto e ponto final.

Para as que podem decidir, um bom começo é visitar as maternidades e pedir indicações a amigas, parentes e ao próprio obstetra.

O ginecologista e obstetra Renato Kalil, orienta a gestante a se informar sobre o acesso ao parto normal nas maternidades. “É preciso ter conforto na sala pré-parto.”

Para as que farão cesárea, Kalil afirma que é bom prestar atenção ao berçário e verificar se a maternidade conta com UTI neonatal. “Se acontecer algum problema, o local já está preparado para cuidar do bebê.”

Na hora de escolher, algumas grávidas também consideram a localização e hotelaria _algumas oferecem cardápio especial.

Para atrair as futuras mamães, as maternidades também oferecem pequenos mimos. A Pro Matre Paulista, Santa Joana, Santa Catarina e São Luiz dão bolsas com produtos de higiene para a mãe e bebê.

No Albert Einstein, as gestantes ganham uma bolsa com produtos para o bebê, almofada de amamentação e um brinde da Paola DaVinci.

Parto BBB

A verdade é que não conheço nenhuma mãe que escolheu a maternidade pelo brinde. Um diferencial que costuma interessar são aquelas salas de parto que possuem uma janela que fica transparente para que parentes e amigos vejam o nascimento do bebê. Pro Matre, Santa Joana e Albert Einstein contam com esses espaços.

Alguns hospitais oferecem o serviço de álbum do bebê na internet com imagens do recém-nascido. Acredito que em tempos de Facebook, Instagram e Twitter esse recurso já não faça tanto sucesso. Mesmo assim, esse serviço é cobrado em alguns hospitais.

O São Luiz coloca duas fotos do bebê gratuitamente na internet por 30 dias. O hospital também permite que o parto seja transmitido pela web, em tempo real, para pessoas autorizadas pelos pais mediante o uso de senha.

A localização do berçário dentro da maternidade também é importante. Algumas possuem um berçário por andar.

Também é bom verificar como é o transporte do bebê até o quarto da mãe e o sistema de identificação do recém-nascido.

Há maternidades que dispõem de câmeras 24 horas por dia gravando seu bebê enquanto ele estiver no berçário. Assim, do quarto você pode ver se a criança está chorando ou dormindo.

E eu com isso?

Confesso que para mim não deu muito certo a possibilidade de ficar vendo o bebê no berçário pela TV. Nas poucas horas em que ele era levado para o berçário, em vez de aproveitar para dormir, eu ficava grudada na TV. E se ele começava a chorar, já ficava aflita e queria ir até lá socorrê-lo. Mal sabia eu que era só o começo…

A maioria dos planos de saúde dá cobertura para hospedagem nos apartamentos padrão. Mas há suítes maiores e com mais recursos _desde que você pague por elas. Consulte o preço de cada tipo nas maternidades que visitar.

Agora cabe a você e seu companheiro decidir o que é importante que a maternidade ofereça para seu parto e o bebê. A minha tinha essa janelinha que fica transparente na sala de cirurgia, mas o parto ocorreu às 3h de uma madrugada inesperada. Não deu tempo de avisar ninguém para compartilhar daquele momento.

Quando marquei minha cesárea, tentei escolher a data por indicadores esotéricos. Meu obstetra me avisou que não adiantava eu escolher muito, pois era o bebê quem decidiria quando nascer. Dito e feito: bolsa rompeu bem antes da data agendada.

Minha prima escolheu uma que tinha a tal janelinha, câmera 24 horas no berçário e era de fácil acesso para as visitas. Ela entrou em trabalho de parto no serviço e teve o bebê às pressas perto de seu emprego, bem longe de casa. Imprevistos ocorrem quando o assunto é bebê.







Por Paula Futema - Folha de São Paulo

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Tocar músicas para bebês ainda no útero melhora aprendizado da fala

Os bebês que ouviram uma mesma música de ninar durante os últimos meses de gravidez foram capazes de reconhecer a melodia após o parto
O hábito de tocar canções para bebês que ainda estão no útero materno pode contribuir para o aprendizado de linguagem da criança no futuro. É o que sugere um estudo finlandês publicado na quarta-feira na revista PLOS ONE. De acordo com a pesquisa, crianças expostas a músicas ao longo da gravidez das mães são capazes de reconhecer a melodia mesmo alguns meses depois do parto. O resultado indica, portanto, que o cérebro do bebê é capaz de guardar memórias de longo prazo adquiridas ainda dentro do útero materno - o que contribui para o aprendizado da linguagem.

Para elaborar a pesquisa, os estudiosos selecionaram doze mulheres que passavam por uma gestação sem complicações. As futuras mães receberam um CD com a melodia da música Twinkle Twinkle Little Star (Brilha, Brilha, Estrelinha; tradicional canção de ninar inglesa), que deveriam colocar para tocar, em volume alto, pelo menos cinco dias por semana durante os três últimos meses da gravidez.

Logo depois do parto, os pesquisadores analisaram a reação desses bebês a duas versões da mesma música: uma delas com algumas notas modificadas, a outra, inalterada. Outros doze bebês que nunca haviam sido expostos à melodia também participaram do experimento, como grupo de controle.

Ao analisar a atividade cerebral por meio de sensores colados na pele dos bebês, os cientistas descobriram que as crianças do primeiro grupo apresentavam uma resposta muito mais forte à música original do que o grupo de controle. Quando repetiram a experiência quatro meses depois, o resultado foi o mesmo — sugerindo que a melodia havia se tornado uma memória de longa duração.

O estudo também mostrou que, quanto mais o bebê havia sido exposto à música no útero, maior era sua atividade cerebral em resposta à nova audição. "Pesquisas anteriores haviam indicado que os fetos eram capazes de perceber pequenos detalhes da fala, mas não sabíamos por quanto tempo eles poderiam reter essa informação. Nosso estudo mostra que os bebês são capazes de aprender em uma idade muito jovem, e que os efeitos dessa aprendizagem permanecem no cérebro por um longo tempo", diz Eino Partanen, professor da Universidade de Helsinki, na Finlândia, e um dos autores da pesquisa.

Memória fetal — O processamento das canções e da fala é feito por meio de mecanismos comuns no cérebro dos bebês. Segundo os pesquisadores, isso significa que a audição de músicas pode ajudar no aprendizado da fala humana. A pesquisa indica que esse processo de aquisição da linguagem pode começar ainda mais cedo do que se pensava. "Este é o primeiro estudo a acompanhar por quanto tempo as memórias fetais permanecem no cérebro. Os resultados são significativos, uma vez que os primeiros mecanismos da memória ainda são desconhecidos", diz Minna Huotilainen, pesquisadora da Universidade de Helsinki que comandou o estudo.

Os pesquisadores pretendem começar uma segunda pesquisa sobre o assunto, dessa vez com a intenção de analisar os efeitos nocivos que ambientes ruidosos podem causar no desenvolvimento dos fetos.

Por VEJA