Ilustrativa |
Aqui no Rio as férias de verão
quase sempre são sinônimo de praia. Com o calorão, é quase impossível pensar em
outros programas ao ar livre que sejam tão felizes quanto dar um mergulho no
mar, construir castelos, dar outro mergulho, comer biscoito Globo, tchibum de
novo, tomar picolé e, antes de ir embora, dar o último mergulho para tirar toda
a areia do biquíni.
Mas agora, no inverno, dá para
curtir outros programas outdoor sem que as crianças desidratem. Um dos que as
meninas mais gostam é fazer piquenique. O que não falta é opção para estender a
toalha xadrez: Parque Lage, Quinta da Boa Vista, Bosque da Barra... No último que fizemos, resolvemos incluir uma
programinha cultural. Fomos para o MAM, onde está em cartaz a exposição “Tempo
para respirar”, de Maria Nepomuceno. A artista plástica apresenta uma
instalação repleta de contas e tramas que sobem pelas paredes. Os visitantes
podem interagir com parte da obra, entrando num cesto gigante e ouvindo sons
emitidos de dentro vasos de cerâmica. É tudo muito colorido e lúdico. Não precisa
dizer que as crianças – e os adultos também – amaram. Assinado o livro de
visitas, fomos procurar um lugar para abrir nossa toalha no gramado do Aterro.
As meninas lancharam, correram, pularam, andaram de patins, enfim, se
esbaldaram.
Outro passeio que elas querem
repetir é a subida do Morro da Urca. Ela
começa pela Pista Claudio Coutinho, à esquerda da Praia Vermelha. Uma placa
indica onde se inicia a trilha, classificada como leve por guias
especializados. Fomos sozinhos, mas a todo tempo cruzamos com gente subindo e
descendo. Considerando que ali é uma área militar, não me senti insegura. Com
os passinhos lentos de duas crianças e paradas para tomar água e tirar fotos,
levamos 45 minutos para percorrer os 1.100 metros que levam até a primeira
estação do bondinho. Ao longo do percurso, que começa com um pequeno trecho de
pedra molhada e escorregadia, precisamos dar uma mãozinha para que as crianças
pulassem um ou outro galho ou encarassem as “escadas naturais”. Mas, no geral,
elas acharam muito tranquilo. Viram saguis, aves coloridas e inúmeras
borboletas. Se penduraram em cipós e se deslumbraram com a vista dos dois
mirantes. Como já havíamos ido à segunda estação, no Pão de Açúcar, encerramos
o passeio com um lindo por do sol, visto das espreguiçadeiras instaladas perto
da Praça de Alimentação. Voltamos de bondinho que, a partir das 19h, pode ser
usado no trecho de descida gratuitamente. Valeu a máxima de que para descer
todo santo ajuda...
Por Tatiana Clébicar - colaboradora da Petit Polá no Rio de Janeiro
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