quarta-feira, 27 de março de 2013

Mar e arte

Em menos de um mês, a Cidade Maravilhosa ganhou dois novos espaços dedicados à cultura. O Museu de Arte do Rio (MAR), na Praça Mauá, e a Casa Daros, em Botafogo, juntam-se a uma lista de instituições que, além de abrigar acervos interessantíssimos, oferecem algo a mais para crianças. Os paulistinhas que tomarem a ponte aérea na Semana Santa têm boas opções para aprender, se emocionar e se divertir. 

MAR – Inaugurado no início do mês, o museu está instalado em dois prédios (um eclético do início do século XX e outro modernista) que se comunicam pelo terraço coberto por uma estrutura em formato de onda. As crianças vão gostar do visual. Embora as ações educativas ainda não estejam ocorrendo (pelo menos não estavam no último sábado...), os pequenos são capazes de acompanhar bem as exposições “Rio de imagens”, “O colecionador”, “Vontade construtiva” e “O abrigo e o terreno”, com especial interesse por instalações que reproduzem o Rio Antigo, por quadros de Tarsila do Amaral e penetráveis de Hélio Oiticica e Ernesto Neto. Não vá com fome. A cafeteria está funcionando com pouquíssimos itens e não aceita cartão. Informações: http://www.museumar.com.


Casa Daros – O casarão neoclássico do século XIX foi restaurado e ocupado pela fundação suíça que se dedica à arte latino-americana. As exposições “Cantos cuentos colombianos” e “Para (saber) escutar” inauguraram o espaço no último fim de semana. A proposta da instituição é também contribuir com a educação. Em todas as salas, monitores atenciosos ajudam as crianças (e adultos, por que não?) a entender o que fazem cachos de banana pendurados em um museu, por que o Pateta foi transformado em relíquia pré-colombiana e como lagartixas desidratadas podem se transformar numa coroa. As mesas do restaurante Mira! (dos mesmos donos dos contemporâneos  Miam Miam e OuiOui) se estendem pelo pátio interno. Um astral! Informações:  http://www.casadaros.net.



MAM – O prédio projetado por Affonso Eduardo Reidye instalado no Aterro do Flamengo  é o suporte  da videoinstalação “Índice”, de Luiza Baldan, que projeta dentro do museu imagens captadas do lado de fora. A exposição “Polaridades” comemora os 65 anos da instituição. As crianças curtem os trabalhos marcados por formas geométricas de artistas brasileiros, como Lygia Clark, e estrangeiros como Pollock. O museu tratou de estampar um aviso na entrada da mostra “Arquivo X” de Márcia X, desaconselhando (mas não proibindo) a entrada de menores de 18 anos na sala.  Aos domingos, no Núcleo Experimental monitores incentivam as famílias a criarem seus próprios trabalhos. A cafeteria tem serviço de bufê no almoço e serve lanchinhos até o fechamento do museu. O restaurante Laguiole, com novo chef, só funciona para almoço durante a semana e atrai executivos. Informações: http://mamrio.org.br.



CCBB –A música diz que cariocas não gostam de dias nublados. Pode até ser. Mas nós sabemos o que fazer num dia sem praia: correr para o CCBB é sempre garantia de bom programa. Até o dia 7 de abril, está em cartaz uma exposição que os pequenos vão amar: “Movie-se”, sobre desenhos animados. Mas não é só isso. Além das exposições, há cinema, teatro, contação de histórias e outras atividades que dialogam com as mostras em cartaz. Algumas dessas sessões são gratuitas. É preciso chegar com um tantinho de antecedênciapara garantir o lugar. Se a fome bater, há um pequeno café na rotunda e uma brasserie no mezanino. Atenção: a instituição não vai abrir na Sexta-feira da Paixão. Informações: http://www.bb.com.br/portalbb/home22,128,10151,0,0,1,1.bb?codigoMenu=9887.


Instituto Moreira Salles – A belíssima casa modernista, com jardins projetados por Burle Marx, foi residência da família do embaixador e banqueiro Walter Moreira Salles. Hoje o instituto tem dos mais importantes acervos de fotografia e música do país. Todo sábado, às 17h, há um programa especialmente dedicado às crianças. As atividades são variadas e podem ser checadas na página da instituição, que traz ainda uma publicação sobre como as crianças podem desfrutar de um museu e os cuidados a serem adotados nesses locais. Vale baixar e conversar com os pequenos espectadores (http://ims.uol.com.br/Dicas_para_a_visita/D643).  Informações: http://ims.uol.com.br.


Museu da Vida – O Museu da Vida está para o Rio assim como o Catavento está para São Paulo. Se o espaço carioca dedicado à ciência é menor do que o paulista, não perde em nada em valor histórico. Localizado no campus da Fundação Oswaldo Cruz, o museu tem atrações interativas em que as crianças aprendem especialmente sobre biologia. A visita pode começar com um passeio de trenzinho e incluir uma visita ao Castelo Mourisco. Não deixe de conhecer um dos mais importantes endereços da ciência brasileira por estar hoje rodeada por comunidades carentes. Mas, se não tiver certeza quanto ao trajeto, talvez seja uma boa alternativa usar um táxi. Informações: http://www.museudavida.fiocruz.br.



MAC –Vale a pena atravessar a Baía de Guanabara para conhecer o “disco voador” projetado por Oscar Niemeyer. O Museu de Arte Contemporânea de Niterói mantém uma exposição permanente da Coleção Sattamini. Aos domingos, às 16h, costuma haver contação de histórias, mas o evento está suspenso temporariamente. No subsolo, um bistrô funciona para café da manhã, almoço e jantar nos fins de semana.  Informações: http://www.macniteroi.com.br.


Por Tatiana Clébicar - colaboradora da Petit Polá no Rio de Janeiro

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